Parecia um dia comum, mas naquele dia os sonhos mais antigos de Teresa Lisbon começavam a se tornar realidade.
Classificação: +16
Categorias: The Mentalist
Personagens: Kimball Cho, Patrick Jane, Personagem Original, Teresa Lisbon, Marcus Pike
Gêneros: Drama, Romance, AU
Avisos: Spoilers
Capítulos: 7
Terminada: Sim
Capítulo 1 - Morar com ela para sempre?
Quarenta anos de idade.
Essas eram as únicas palavras que passavam pela cabeça da
Agente Especial do FBI, Teresa Lisbon.
Bem, na verdade não eram as únicas... Mas as primeiras de
uma cadeia de pensamentos que se conectavam e a deixavam cada vez mais preocupada
e aflita.
“Quarenta anos de
idade e nada de casamento, família, filhos... Quanto tempo leva até eu conhecer
alguém legal? E depois, quanto tempo leva para ele me pedir em casamento? E
para termos filhos?” E a conclusão que ela chegava era sempre a mesma:
Não dava mais tempo.
Tudo estava perdido.
Ela passaria pela vida e não poderia ter uma menininha de
olhos verdes e cabelos negros correndo pela casa, deixando-a maluca, mas ao
mesmo tempo, fazendo com que ela sorrisse cada dia mais.
Era o seu maior sonho indo por água abaixo...
Se ela tivesse tomado decisões diferentes na vida dela. Pelo
menos uma decisão diferente.
Talvez se ela não tivesse fugido de seu casamento com Greg,
em Chicago.
Porém isso não era uma certeza absoluta.
E se, mesmo tendo casado, ela ainda não pudesse gerar
filhos?
A noite passou com dificuldade, pois ela não conseguira
pregar os olhos por mais de cinco minutos.
Ela tomou um banho rápido, depois sentou-se para tomar um
café da manhã demorado e enfim partiu para a cena do crime, com o endereço que
o Wylie lhe havia enviado por mensagem de texto há alguns minutos.
O local era relativamente próximo da sua casa, então ela
pôde dirigir bem abaixo dos limites de velocidade.
- Bom dia Lisbon! –
cumprimentou-a Jane, e ela fingiu um sorriso. O que menos precisava era Jane
lhe fazendo perguntas insolentes.
- Bom dia Jane! – ela
replicou – Qual é o caso?
- Sobrinha de um
senador importante foi encontrada morta nessa manhã, Ashley Kingston, 25 anos –
eles seguiam caminhando até Abbot e Kim – É bobagem estarmos aqui, o ex
namorado já confessou – afirmou ele
- Hum... E por que
ele a matou?
- Ainda não disse.
Ele não quer falar com ninguém – respondeu Abbot – Estávamos te esperando para
ver se você encontra algo que não encontramos.
- Oh... – espantou-se
Lisbon – Está bem, vou dar uma olhada.
A agente entrou na casa e se dirigiu até o cômodo onde o
assassinato havia acontecido, horas atrás.
Eles já haviam removido o corpo, e Lisbon se movia com certa
rapidez e distração pelo quarto, afinal, se nem Patrick Jane havia encontrado
algo, como ela encontraria?
*Paft*
Um objeto caiu de cima de uma pequena mesa, e Lisbon, em seu
instinto policial, sacou a arma e apontou para onde o barulho viera.
Nada.
Era impossível que não fosse nada.
Olhando mais atentamente, Lisbon viu um pequeno movimento
debaixo da mesa.
Ela abaixou-se e guardou sua arma quando viu do que se
tratava.
- Olá – ela disse
docemente – Está tudo bem, eu sou do FBI.
- Cadê seu
distintivo? – perguntou uma voz feminina infantil, desconfiada
- Está aqui – ela lhe
mostrou – Muito bem, você agiu certo em pedir para ver meu distintivo.
- A mamãe que me
ensinou – disse a menina ainda encolhida – Como você se chama?
- Eu me chamo Teresa
Lisbon. E você, qual é o seu nome? – perguntou Lisbon
- Megan...
- Megan, que nome
lindo!
- Obrigada. Teresa
também é um nome bonito.
- Megan, por que você
não sai daí debaixo, hein?
- Por que eu tô com medo.
- Não tem nada que
ter medo, está bem?!
- Aquele homem veio,
disse que era meu papai, mas ele começou a gritar com a mamãe, e depois eu vi
que ela tava machucada. Cadê a mamãe?
– “Ela presenciou o assassinato da mãe...
Oh, Deus!” pensava Lisbon
- Está tudo bem
agora. Ninguém vai te machucar, eu prometo! – disse Lisbon mudando de assunto
- Posso ir no seu
colo? – perguntou a menina tímida, enquanto saía lentamente de debaixo da mesa
- Claro!
E foi apenas quando a luz atingiu a pequena Megan que Lisbon
pôde vê-la.
Olhos verdes e cabelos negros.
Teresa chacoalhou a cabeça. Seria isso uma travessura da sua
mente, ou Megan era mesmo assim?
- Está tudo bem,
agente Lisbon? – perguntou a menina, estendendo os braços para cima.
- Está! É que você é
muito linda...
- Obrigada – a menina
sorriu, já embalada nos braços de Teresa que a sustentava em seu colo.
As duas desceram as escadas, e Teresa tentava com todas as
forças não pensar naquilo que ela passara a noite inteira pensando.
Mas a imagem que seu cérebro projetava dela com Megan no
colo era tão perfeita. Era exatamente como ela se imaginava em seus sonhos,
segurando sua pequena Lisbon.
- Lisbon? – perguntou
Kim – O que houve?
- Eu encontrei a
Megan, filha da sobrinha do senador, escondida no quarto da mãe – respondeu ela
- Oh...
- Agente Lisbon, cadê
a mamãe? Por que tem um monte de policiais aqui?
As duas agentes ficaram sem fala.
- A mamãe morreu, não
é? – a menina prosseguiu de repente e não havendo uma resposta negativa das
duas agentes, os grandes olhos verdes dela começaram a se encher de lágrimas.
Em um impulso de necessidade de carinho e proteção, Megan
escorou-se em Lisbon, abraçando-a com força e escondendo seu rosto no pescoço
da morena.
Lisbon sentou-se em um banco, no jardim da frente da casa, e
tentava acalmar a menina, mesmo sabendo que não havia como... Contendo suas
próprias lágrimas nos olhos, ela lembrou-se de como é sentir aquela dor.
Kim atualizou à todos sobre as descobertas de Lisbon.
- Por que o senador
não nos contou que ela tinha uma filha? – perguntou Abbot
- Não é óbvio? –
retrucou Jane – Ninguém sabia sobre a criança, exceto a família... Pois se
alguém soubesse, então o pai da menina também saberia. E bem, olhem para o
rapaz. Nenhum pai deseja que sua filha se relacione com uma pessoa com sérios
problemas de autoestima, e tendências suicidas... Mas alguém descobriu e contou
para ele, e... O resto da história vocês já sabem. Ele fica irado, vem tirar
satisfações, os dois brigam, e Ashley acaba morta.
- E o que fazemos
agora? – perguntou Kim para Abbot
- Temos uma
confissão, então nós iremos prendê-lo
- Sim, mas eu estava
me referindo à Megan...
- O que podemos
fazer? Vamos direcioná-la para o juizado de menores, e lá eles vão passar a
guarda da menina para o parente mais próximo.
Com todas as ordens dadas, os agentes foram para a sede do
FBI terminar os procedimentos de conclusão do caso, sem deixar nunca de
considerar o porquê do senador, que havia exigido o comparecimentos do FBI no caso,
ainda não havia aparecido para saber do que ocorrera com sua sobrinha.
- Não é estranho
isso? – perguntou Kim – Nem chegamos a vê-lo...
- É – concordou
Patrick – Onde está a Lisbon?
- Está com Megan na
creche do FBI... A menina não quis desgrudar da Lisbon.
- Hum...
- Novidades sobre o
caso em cinco minutos – anunciou Abbot – Jane, vá chamar a Lisbon. E fale para
ela deixar Megan lá com a supervisora.
Patrick fez como lhe fora ordenado e desceu de elevador até
o quinto andar, e foi até a pequena sala com brinquedos. Mas antes que entrasse
ele não pôde deixar de considerar no quanto Lisbon estava linda enquanto
brincava com Megan... Também não pôde deixar de pensar em como as duas se
pareciam, como mãe e filha.
As duas sorriam, brincando de construir alguma coisa com
peças grandes de lego.
Lisbon levantou o olhar e encontrou Jane observando-a
parado, e logo congelou.
“Ai meu Deus, agora ele vai ficar fazendo perguntas, e...
Não. Se acalma Teresa. Respira”
- Oi Jane – ela
sorriu
- Oi. O Abbot vai
passar novidades sobre o caso em cinco minutos. Bem, agora três minutos.
- Quem é você? –
perguntou Megan curiosa
- Eu sou Patrick Jane
– ele se aproximou e estendeu a mão para a pequena
- Olá, Patrick, eu
sou Megan... – ela apertou sua mão
- Megan, que nome
lindo.
- Obrigada!
- Megan, eu vou
precisar pegar a agente Lisbon aqui emprestada por um tempo, está bem? – a
menina assentiu com a cabeça – Ótimo! Até mais, Megan...
Eles voltaram até onde o resto do time estava, e Abbot já
havia iniciando seus anúncios.
- ... Ashley Kingston
foi quem contou para o ex-namorado da filha, Megan Kingston, e eles discutiram
sobre quem ficaria com a guarda da menina, já que Ashley tinha acabado de ser
deserdada pelos pais e avós, e estava passando um tempo na casa da amiga.
Falamos com os parentes mais próximos, mas ninguém quer assumir a guarda de
Megan – ele tomou um segundo para prosseguir – Portanto iremos manda-la para a
adoção. E vai ser fácil para ela encontrar um lar já que tem apenas quatro
anos. Enquanto a responsável pelo encaminhamento ao juizado de menores não
chega, vamos continuar preenchendo os relatórios, está bem?
Todos concordaram e logo saíram para cumprir suas tarefas.
- Agente Lisbon? –
chamou uma mulher loira, e Lisbon virou-se para vê-la – Sua filha pediu para
vir ver a senhora – ela apontou para Megan
- Oh, não, ela não
é... Minha filha – Teresa engoliu um nó formado em sua garganta
- Agente Lisbon,
posso ficar aqui com você? – perguntou Megan, esfregando o olho, provavelmente
com sono.
Lisbon olhou para Abbot, que os observava, esperando por uma
aprovação, e ele assentiu com a cabeça.
- Jane pode preencher
seus relatórios desta vez – ele acrescentou e Lisbon sorriu em agradecimento.
Megan logo estendeu os braços para cima, e Teresa a
levantou, segurando-a em seu colo.
- Parece que alguém
vai dormir – disse Jane – E infelizmente não sou eu, porque agora eu tenho
relatórios para preencher – Lisbon riu – Já que vamos trocar de lugar, você
pode ficar aqui no meu sofá, Lisbon...
Lisbon sentou-se e acomodou Megan em uma posição melhor para
dormir, e acariciou seus cabelos depois, o que fez com que a pequena dormisse
ainda mais depressa.
Demorou para que a representante do juizado de menores
chegasse ao escritório do FBI. Demorou tanto que Lisbon viajou à duzentos
quilômetros por hora em seus sonhos, de como seria segurar em seus braços sua
filha, e de como seria acordar todas as manhãs de sábado com um pequeno furacão
invadindo sua cama...
- Com licença, sou a
Agente Lucy Collins do juizado de menores... Eu estou aqui para pegar Megan
Kingston – disse uma mulher morena com roupas sociais, bem maquiada.
- Sim, ela está ali –
Wylie apontou para o sofá de Jane
Teresa ouviu a conversa e logo se levantou, acordando sem
querer a pequena Megan.
- Esta é Megan
Kingston? – perguntou a agente
- Sim, sou eu –
respondeu a menina
- E você é...? –
Collins perguntou para Lisbon
- Agente Teresa
Lisbon – ela apertaram as mãos.
- Preciso que Dennis
assine os papéis, onde fica a sala dele? – Lisbon a levou até lá.
Megan percebendo a movimentação, e sendo esperta do jeito
que era, se agarrou ao pescoço de Lisbon.
- Não deixa ela me
levar! – ela murmurou deixando todos na sala perplexos
- Está tudo bem,
Megan... Ela vai levar você para um lugar legal-
- Não! Eu não quero
ir...
Muitos outros argumentos foram ditos, mas a menina
permanecia irredutível.
- Megan, porque não
fazemos assim – começou Abbot – Vamos deixar você só um pouquinho lá fora com o
Patrick, e daqui a pouco você volta, está bem?
- Não! Você está
mentindo
- Não estou, eu
juro... Só preciso conversar com a agente Lisbon, ok?!
- Megan... Está tudo
bem – disse Lisbon, já prevendo a bronca que ela tomaria, e finalmente a menina
foi convencida de ir ficar um tempo com Jane.
- Bem... Ao que me
parece só há uma solução – disse Lucy – Um solução que vai nos poupar muito
tempo.
- Que solução? –
indagou Teresa
- Agente Lisbon, você
tem filhos?
- Não – ela responde
- Já pensou na ideia
de ser mãe solteira?
- Como é?! – “Eu ouvi
isso mesmo?”
- O que você acha de
adotar a Megan?
- E-Eu... Er... É...
- Para mim parece um
excelente solução – disse Abbot
- Mas e se Megan não
quiser? – ela tentou conter suas emoções
- Acho difícil isso
acontecer – respondeu Lucy – Vamos perguntar para ela, caso você concorde com a
adoção.
Teresa tirou alguns instantes para considerar... Ela nunca
havia pensado em adotar uma criança, mas o dia com Megan hoje fora tão
perfeito. Justamente como ela sempre sonhara.
Não havia mais muito o que pensar... Sua decisão já havia
sido tomada.
- Está bem... – ela
respondeu calmamente – Vamos perguntar para ela.
- Ótimo! – Lucy saiu
da sala e voltou de mãos dadas com a menina, que logo correu e abraçou as
pernas de Lisbon, e Patrick também veio junto, afinal, ele queria saber do que
se tratava.
- Megan, nós temos uma
pergunta muito importante para fazer para você agora. Preciso que preste
bastante atenção, está bem? – Lucy havia se abaixado para ficar da mesma altura
da menina – O que você acha de ir morar com a Agente Lisbon?
- Para sempre? – a
menina perguntou com um pequeno sorriso nos lábios
- Sim, para sempre.
Megan, ainda abraçada às pernas de Lisbon, olhou para cima e
continuou:
- Eu vou ter que
mudar de nome, ou alguma coisa assim?
- Não, querida... –
respondeu Lisbon
- Que pena – ela
olhou para baixo – Eu ia querer que meu nome fosse Megan Lisbon – todos na sala
riram, e Lisbon pegou a menina em seu colo, abraçando-a.
A partir de agora, seus sonhos e imaginações que ela tivera
hoje, seriam transformados em realidade.
Teresa Lisbon e, agora sua, pequena Megan.
Capítulo 2 - Duas paqueras
Demorou cerca de uma semana e meia para que Teresa e Megan
se ajustassem à nova rotina. Uma semana e meia que Teresa tirou de folga,
seguindo a sugestão de Abbot. Era incrível como ele parecia apoiá-la nessa
decisão de adotar a menina, sem se importar com as interferências que isso
teria no trabalho daqui em diante.
Mesmo sendo o último dia de folga a programação do dia
começava às oito da manhã, em uma escola perto do escritório do FBI, para
matricular a pequena Megan. Nada contra a creche do FBI, mas Teresa, após
analisar, percebeu que seria melhor para a menina se ela ficasse um período
integral em uma escola de boa qualidade, e a escola ficara feliz em receber
Megan, ainda que de última hora.
A menina não via a
hora de chegar o dia seguinte para conhecer seus novos amigos e professores,
não parava de fazer perguntas sobre o que ela poderia ou não fazer, o que teria
ou não na escola... Lisbon se divertia com o entusiasmo dela.
- Teresa, eu vou ter armários iguais aqueles que aparecem
nos filmes de adolescentes?
- Acho que não Megs –
ela riu – O que você quer comer agora a tarde?
- Chocolate quente e
aqueles biscoitinhos gostosos – respondeu animada
- Hum, boa escolha...
A morena dispôs os biscoitos em um prato e, junto com alguns
outros itens que escolhera na cozinha, os dispôs em cima da mesa e voltou para
cozinha para preparar dois chocolates quentes que combinavam perfeitamente com
aquela tarde fria. Logo o chocolate quente ficara pronto, e as duas sentaram-se
à mesa apreciando a companhia uma da outra e as gostosuras daquele lanche da
tarde.
- Eu e a mamãe sempre
tomávamos chocolate quente – afirmou a menina tristemente – Eu sinto falta
dela.
- Eu sei... Eu te
entendo – replicou Teresa
- Sua mamãe também
morreu?
- Sim... Mas faz
muito tempo.
- E sua segunda mãe?
- Eu não tive uma
segunda mãe – a morena engoliu seco ao lembrar-se de sua infância conturbada
- Que ruim... Você
deveria ter tido uma segunda mãe igual eu.
- E quem é essa sua
segunda mãe?
- Você, oras! – ela
respondeu sorrindo, deixando Teresa de boca aberta – Quero dizer... Você é, não
é? – continuou insegura
- Claro que sou! –
ela manejou falar em meio ao pequeno espanto – É que... Fiquei surpresa, só
isso – ela respirou fundo, ambas sorrindo – Eu sempre quis ter uma filha.
Megan afastou sua xícara para o canto e subiu de joelhos na
mesa, até conseguir alcançar Teresa e a beijar na ponta do nariz, gesto que foi
correspondido com prazer pela agente, que abraçou sua pequena em seguida.
......
- Bom dia Lisbon! –
cumprimentou-a Jane
- Bom dia...
- Como vai a Megan?
- Bem... Ela estava
animada para o primeiro dia de aula – comentou Lisbon alegre
- Lisbon! – exclamou
Kim – Seja bem vinda de volta. Como vai você e a Megan?
- Estamos bem... Nos
adaptando.
- Isso é muito bom de
ouvir – disse Abbot entrando na conversa – Temos um caso novo... Vamos ajudar
de novo o pessoal do Departamento de Crimes de Arte.
- Oh, sério? –
surpreendeu-se Jane – Qual é o caso?
- Ladrão de artes
internacional, há rumores de que ele chegou da Holanda aqui nos Estado Unidos e
está tentando vender o quadro de Johannes Vermeer, A Moça do Brinco de Pérola,
um dos quadros mais caros do mundo.
- Ah! Interessante –
disse Jane – O que estamos esperando?
- O Agente Marcus
Pike vai descer dentro de alguns instantes para nos passar mais informações
sobre o caso – respondeu Kim
- Hummph – grunhiu
Jane
- Tente esconder o
ciúme, loirinho – cochichou Kim no ouvido dele
Patrick apenas sorriu, como se não tivesse ouvido nada de
mais, notando que Lisbon os observava confusa.
Em menos de cinco minutos o Agente Pike chegou até o
escritório, e reuniu todos em frente aos televisores que, conectados à
computadores, transmitiriam as fotos e outras informações sobre o caso.
- Bom dia – ele
começou, e sorriu olhando em direção à Lisbon, que sorriu de volta – Há dois
meses o quadro “A Moça do Brinco de Pérola” foi roubado do Museu Mauritshuis,
na Holanda, e o governo holandês vem tentando capturar esse ladrão desde então,
porém não obteve sucesso. Nosso suspeito é o francês Frachesco Lucien, que
começou sua carreira como ladrão de artes com vinte e cinco anos, em 2004. Ele
seria o comandante da quadrilha, e teria a ajuda de dois amigos de infância,
Pierre Leandre e Oliver Gerrard. Os três sempre trabalharam juntos e nunca foram
pegos, apesar de deixarem rastros que tornasse possível suas identificações. Há
cerca de vinte horas nós recebemos novas informações de que Frachesco e seus
amigos estariam aqui nos Estados Unidos para vender o quadro de Vermeer, então
nós precisamos descobrir para quem eles irão vender, onde ocorrerá a troca, e tendo
esses dados, nós montaremos uma equipe que o seguirá e o prenderá assim que
soubermos onde eles estão hospedados aqui, pois há a possibilidade de haver
outras obras de arte com ele. Alguma dúvida?
- Er... Eu tenho uma:
Como eles chegaram aqui nos Estados Unidos?
- Jato privado. Nós
já contatamos os donos da companhia de jatos, e eles estão vindo para cá
prestar depoimento.
- Eles estão aqui no
Texas? – perguntou Lisbon
- Segundo as informações
que recebemos sim. Alguns membros do time, no entanto, serão direcionados para
a sede do departamento, na capital – respondeu Pike
- Poxa, que pena...
Sentiremos sua falta, agente Pike – disse Jane, sorrindo
- Não, não... Eu sou
o coordenador da missão, vou ficar com a força tarefa, aqui no Texas. Quem vai
para Washington são apenas alguns técnicos de computadores. Temos um banco de
dados maior lá, e o acesso será mais rápido se tiver alguém lá do que se formos
acessar os dados daqui.
- Ah... Que bom então
– mentiu Jane
- Wylie, você
comandará a equipe de técnicos. Faça suas malas – ordenou Pike, deixando Wylie
feliz, pois ser mandado para Washington, ainda que por um curto período de
tempo, significava promoção. Ainda mais sendo quem irá comandar a equipe –
Enquanto isso quero que todos vocês leiam o arquivo do caso, e pesquisem o
máximo que puderem sobre o quadro roubado, e vejam se conseguem encontrar
possíveis compradores, e possíveis locais para a realização da troca.
Então todos foram para suas respectivas mesas, e começaram
suas tarefas.
.........
Última pausa para o café do dia, e Teresa Lisbon já teria
que sair para buscar Megan na escola, e depois passar em alguma pizzaria perto
de casa para comemorar o primeiro dia de aula de sua filha.
Quando Teresa se preparava para sair da cozinha, após de
deixar a xícara dentro da pequena pia, o agente Pike a interceptou.
- Teresa! – exclamou
ele – Quanto tempo não nos vemos, não é?!
- Pois é... – ela
respondeu tímida
- Você nem ficou para
comer a pizza de caso concluído. Ouvi dizer que era tradição sua e do seu time
no CBI...
- É, era... Mas eu
não estava muito disposta naquele dia.
- Hum... Ouvi dizer
que você adotou uma menininha. É verdade?
- É sim. Megan...
Anda ouvindo muitas coisas sobre mim – brincou Lisbon – Daqui a pouco vou achar
que você está afim de mim...
- Daqui a pouco?
Achar? – ele sorriu de maneira sedutora – Pensei que tinha sido claro... Eu não
costumo paquerar qualquer mulher – Teresa corou violentamente – O que me diz
daquelas panquecas hoje?
- Desculpe, não
posso... Tenho que buscar Megan na escola, e eu prometi que a levaria na
pizzaria para comemorarmos o primeiro dia de aula.
- Ah, está bem... –
ele deu um sorriso pequeno – Bem, a oferta ainda estará de pé, caso mude de ideia
algum outro dia... Você pode trazer Megan também. Eu amo crianças.
- Está bem, obrigada
– e com isso, Teresa saiu da cozinha
- Hey, Lisbon –
chamou-a Patrick
- Oi...
- Eu estava pensando,
o que acha de levar a Megan para experimentar comida japonesa? Abriu um
restaurante ótimo aqui perto.
- Obrigada Jane, mas
eu prometi pra ela que levaria ela em uma pizzaria para comemorarmos o primeiro
dia de aula dela...
- Oh... Entendi.
Coisa de mãe e filha, certo?! – Teresa assentiu com a cabeça – Está bem
então... Mas minha proposta ainda estará de pé amanhã. Tenho certeza que você
vai gostar... – ele sorriu – E Megan também, claro... – completou
- Obrigada. Eu já
preciso ir – ela colocou a bolsa no ombro – Tchau!
- Tchau Lisbon...
Assim que Teresa entrou no elevador, não conseguiu conter o
sorriso.
“Marcus e Jane, os dois, me paquerando e depois me chamando
para sair... No mesmo dia! Ai meu Deus...”
O que Teresa não sabia, era que as paqueras e disputas por atenção,
estavam apenas começando.
Capítulo 3 - Jogada de Mestre
Todos os dias antes de ir trabalhar, Teresa deixava a
pequena Megan na escola, e logo seguia para sua rotina.
Mas aquele dia, para a aflição da morena, seria diferente.
- Bom dia Melanie! –
exclamou Teresa saindo do carro
- Senhorita Lisbon,
que bom que chegou! – disse a inspetora – A professora de Megan, a senhora
Katherine, pegou uma gripe fortíssima ontem e hoje não virá dar aula...
- Oh... E não tem
nenhuma professora substituta? – perguntou Teresa
- Infelizmente ainda
não contrataram – informou Melanie – Estão fazendo entrevistas, e as aulas
retornarão o mais rápido possível! Nós ligaremos avisando...
- Está bem –
respondeu frustrada – Obrigada, então.
Megan ouvia mais ou menos do lado de dentro do carro, que
estava com as janelas fechadas por conta do frio.
Antes de voltar para o carro, Teresa pegou seu celular e
discou o número de Abbot.
- Abbot – ele atendeu
- Chefe, aqui é a
Lisbon.
- Olá Lisbon... O que
houve?
- A professora de
Megan está com gripe e não dará aula hoje, e a escola ainda não tem uma
professora substituta... Tem algum problema se eu levar Megan para o
escritório?
- Claro que não,
imprevistos acontecem. E Megan será muito bem recebida na creche aqui do FBI.
- Está bem, então...
Obrigada. Eu estou à caminho.
- Ótimo – e ambos
desconectaram a ligação.
Sem conter a curiosidade de não entender o porque ela ainda
estava no carro, Megan disparou suas perguntas, assim que Teresa entrou no
carro.
- O que aconteceu? Eu
não vou entrar na escola? Por quê? Para onde estamos indo?
- Calma, calma,
calma... Uma pergunta de cada vez. Sua professora está gripada, então você não
terá aula hoje. Estamos indo para o escritório do FBI, você vai ficar lá
comigo.
- Eba! – exclamou a
menina – Vamos ficar o dia inteirinho juntas!
- É... Mais ou menos.
Você vai ficar lá naquela sala de brinquedos, lembra?
- Aham!
- Mas vamos almoçar
juntas... E quando eu tiver um tempinho, eu vou lá ficar com você, está bem?
- Sim, vai ser muito
legal!
..........
Aproveitando o elevador, Teresa desceu no quinto andar, ao
invés do sétimo (onde ficava o escritório), para deixar Megan na creche.
E a menina saiu correndo, ao identificar de longe a mesma
instrutora que cuidara dela há alguns dias.
Lisbon, então se apressou para subir, afinal, não queria
chegar atrasada.
- Lisbon? – chamou
Abbot assim que a viu sair do elevador – Imagino que já tenha deixado a Megan
no quinto andar, certo?
- Megan está aqui? –
intrometeu-se Jane
- Sim, ela já está no
quinto andar
- Ótimo! – disse
Abbot
- Perfeito – disse
Jane pensativo
- Podemos ir ao que
interessa?
- Do que exatamente
você está falando? – perguntou Jane
- Do caso, Jane... Do
caso – respondeu Kim, piscando um olho para o loiro
- Ah... – ele riu.
Todos os agentes se dirigiram à sala de reuniões, onde o
agente Pike já os aguardava sorridente.
- Bom dia! – ele
disse – Eu chamei todos aqui porque tenho um plano.
- Oh, ele tem um
plano – murmurou entre os dentes Patrick
- Sim, Jane, eu tenho
um plano – Pike fuzilou-o com o olhar – Daqui à dois dias haverá uma festa
beneficente com exposição de algumas obras de arte, incluindo uma cópia do
quadro roubado “A Moça do Brinco de Pérola”. Frachesco Lucien, segundo nossas
fontes, aparecerá disfarçado nessa festa para vender o quadro à uma mulher
conhecida como Victoria. O problema é que nós não sabemos quem é essa Victoria.
Nunca ninguém viveu para contar como ela se parecia, e todos os ajudantes dela
são muito leais.
- E qual é o plano? –
perguntou Kim
- O plano é eu e
Teresa irmos disfarçados nessa festa, e enfim, consigamos saber a identidade de
Victoria.
- Claro que esse
seria o plano... – disse Patrick em tom de deboche – E porque ocultar a parte
de que irão disfarçados como um casal? – Ele se levantou e ficou à frente de
todos, notando como as bochechas de Lisbon estavam vermelhas – Ainda bem para
todos nós, que eu tenho um plano melhor!
- Com certeza você
tem – murmurou Pike entre os dentes
- Sim, eu tenho –
retrucou – Eu e Lisbon – reforçou –
iremos disfarçados à festa, mas eu me passarei por Frachesco para Victoria,
enquanto Lisbon se passará por Victoria, para Frachesco.
- Ah, é?! – indagou
Lisbon – E como eu vou conseguir enganá-lo?
- Simples, Lisbon...
Porque você acha que os ajudantes de Victoria são tão leais à ela? – ninguém
soube responder – Qual é a razão pela qual os homens são fiéis a uma mulher? –
perguntou
- Porque ela é
bonita? – sugeriu Wylie
- Não apenas bonita,
meu caro Wylie... Linda, estonteante, de tirar o fôlego – e quem ficara sem
fôlego fora a própria Lisbon. “Ele não estaria fazendo uma comparação assim
comigo, estaria?” pensou ela – E, com todo o respeito Lisbon, você nem
precisaria de muita coisa para dar de dez à zero em Victoria.
- Oh... Uau...
Obrigada Jane, mas você está exagerando – os olhos de todos os presentes se
intercalavam entre a expressão de ódio de Pike, o sorriso imenso de Patrick e a
vergonha de Lisbon.
- Claro que não,
Lisbon! Agora, se você concordar com o plano, tenho certeza que concordará com
o que eu acabei de dizer.
E então todos os olhares recaíram para cima de Teresa.
- Er... E-Está bem –
gaguejou ela
- Mas, gente, o meu
plano é bem menos perigoso – alertou Pike, tentando mudar a ideia de Teresa e
dos outros.
- O de Jane é mais
eficiente – disse Cho – Pegamos Frachesco e Victoria ao mesmo tempo, sem precisar
de muito esforço.
- Concordo – disse
Kim
- Eu também – disse
Wylie – A vigilância, em casos como esse, sempre costuma ter falhas.
- Então está decidido
– disse Abbot – Quando é a festa?
- Sábado – bufou Pike
– sábado à noite.
- Vamos nos preparar então.
Temos quarenta e oito horas, e nada pode sair errado.
..........
Jane, ao ouvir mais cedo que a pequena Megan estava no FBI,
e sabendo que ela, muito provavelmente almoçaria com Lisbon, mandou uma
mensagem de texto para seu amigo que trabalhava no restaurante japonês que ele
havia convidado Lisbon no outro dia, encomendando o almoço para as doze horas
em ponto.
“Jun, amigo, preciso que me traga 6 temakis de salmão, uma
porção de 30 sashimis e um combinado para três pessoas de sushi, com 80 peças,
meio dia em ponto. Obrigado”
Quando o relógio acusava cinco minutos para o meio dia,
Patrick, conhecendo a pontualidade do amigo, pegou o telefone, e se levantou de
seu sofá correndo para despertar a atenção de Pike, que o seguiu discretamente.
- Alô, Jun? – ele
fingiu estar ao telefone – Aqui é o Patrick. Olha, quero que me traga o pedido
que eu reservei na outra noite, quando disse que levaria uma amiga – Pike o
escutava atrás da porta – Claro que é só “amiga”. E vai continuar sendo se você
não chegar aqui logo!
Ele desligou o telefone, e ao sair, esbarrou em Pike, mas
logo pediu desculpas, fingindo não entender que ele o espionava.
Sorriu satisfeito, seu plano estava de acordo com o
planejado.
Pike logo pegou seu telefone, e correu para o elevador
enquanto fazia uma ligação.
- Alô, é o Pancake’s
Diner? – perguntou – Eu quero fazer uma encomenda... Não, não é para entregar.
Eu estou indo retirar.
.........
Meio dia em ponto, Jun chegava ao sétimo andar com as
embalagens da encomenda em mãos.
- Jun! – exclamou
Patrick – Aqui – ele lhe entregou duas notas de cem dólares – fique com o
troco! Muito obrigado.
- Por nada, senhor
Jane.
Patrick pegou as embalagens e foi contente até a cozinha,
onde ele sabia que Lisbon levaria Megan para comer algo de dentro da lancheira,
enquanto ela comia sua salada, como de costume.
- Lisbon! Megan! –
exclamou ao vê-las entrar
- Oi Jane. Megan,
lembra do titio Jane?
- Mamãe, Jane é nome
de menina – disse a garota, rindo – O nome dele de verdade é Patrick.
- Aha... Muito bem,
Megan! – parabenizou-a Patrick, e depois a pegou no colo – o que acha de deixar
o sanduíche natural que a mamãe preparou para mais tarde e experimentar uma
comida nova?
- Podemos mamãe? – a
garota perguntou animada
- O que é? –
perguntou Lisbon para Jane
- Comida japonesa.
- Oba! Eu amo comida
japonesa! – disse a menina entusiasmada, enquanto Patrick a sentava no balcão –
Podemos mamãe, por favorzinho?!
- Não, querida, vamos
deixar o titio Jan-
- Patrick! – corrigiu
a menina
- Vamos deixar o titio
Patrick comer em paz.
- Besteira! Comprei
para nós... – disse Patrick
- Por favor, mamãe! –
insistiu Megan
- Argh... Está bem! –
concordou Teresa, deixando ambos, Megan e Patrick, com sorrisos enormes – Quero
um desses Temakis aí – ela apontou, e Patrick rapidamente o entregou à ela.
.........
- Hum, parece que
alguém caprichou no almoço – disse Kim entrando na cozinha
- Tia Kim, olha só –
ela apontou para um sushi – parece um pneu – a menina riu
- É, parece mesmo...
– percebendo o olhar de Patrick, Kim continuou – Megan, quer vir ver uma coisa
muito legal no meu computador? – a pequena assentiu com a cabeça.
No caminho de saída, Kim esbarrou com Pike, e entendendo o
que ele pretendia, fez um sinal para Cho, que rapidamente o impediu de passar.
- Você não vai querer
entrar lá agora... – alertou-o.
- Ah, qual é! –
reclamou
Enquanto isso, na cozinha, Teresa sorria um tanto quanto
tímida, e suas bochechas levemente rosadas eram prova disso.
- Obrigada pelo
almoço, Patrick – ela disse – Estava uma delícia.
- Estou à sua
disposição, mademoiselle – ele fez sinal de reverência – e sobre a Victoria...
Não se preocupe, você vai se sair bem – ela sorriu
- Jane... Aquelas
coisas que você disse...
- Sobre você ser
linda? – ela assentiu timidamente com a cabeça – Eu não estava mentindo – ele
se aproximou dela – Teresa, sei que, em teoria, nos conhecemos há mais de
quinze anos, mas... Eu queria ter um oportunidade para te conhecer melhor –
eles estavam frente à frente agora
- Achei que eu fosse
um livro aberto para você...
- Não em algumas
coisas... O que acha de um encontro, só nós dois, amanhã a noite?
- Amanhã a noite
vamos estar nos preparando para o disfarce, Jane.
- Está bem, então...
Domingo a noite? E eu pago a babá para cuidar de Megan
- Ok... – ela aceitou
o convite.
Agora resta saber se Patrick aguentaria esperar até domingo
por esse encontro. Ou, pior, se Marcus Pike ficaria apenas olhando, sem dizer
ou fazer nada para interferir.
Capítulo 4 - O beijo
Aquela sexta feira não foi nada fácil.
Megan amanheceu resfriada, deixando Lisbon de cabelos em pé.
Mas mesmo assim, a morena teve que ir trabalhar e levar Megan consigo.
– Bom dia, Lisbon – cumprimentou-a Jane sorridente assim que ela saiu do elevador
– Bom dia, Jane – respondeu a agente desanimada, Patrick, porém, fingiu não dar muita importância
– Olá Megan – ele abaixou-se para ficar da mesma altura que ela
– Bom dia tio Patrick – disse a menina sonolenta
– Ih... Está dodói?
– Ela acordou assim – replicou Lisbon, depois da menina assentir com a cabeça
– Tio Patrick, você não tem algum truque me deixar boa? – perguntou a menina com a voz embargada com um choro contido
– Desculpe, Megs... – ele negou com a cabeça – Mas se você quiser, eu posso te ajudar a dormir, o que acha?
– Jane – Lisbon interrompeu – Não precisa fazer isso... – Jane, mais uma vez, fingiu não ouvi-la e pegou a pequena Megan no colo, que já acomodou sua cabeça na curva do pescoço do loiro.
– Fique tranquila, Lisbon. Eu cuido dela... Tenho certa experiência.
Ele nem precisou continuar, pois Lisbon já sabia que ele se referia a Charlotte.
– Está bem... Obrigada – ela sorriu
– Imagina. Ah, antes que eu esqueça, tem um presente meu para você na sua mesa – ele anunciou, e se dirigiu para o sofá.
Com a curiosidade a flor da pele, Teresa apressou-se em chegar até sua mesa para ver o que Patrick tinha aprontado.
– Oh! – ela exclamou quando viu do se tratava – Jane... Eu não posso aceitar.
– Claro que pode. Aliás, deve.
– O que é? Deixa eu ver? – indagou Megan, e Lisbon mostrou o que havia dentro da caixa de veludo quadrada, preta – Uau... Que lindo!
– Sim, é muito lindo... Mas eu não posso aceitar, Jane – Lisbon insistiu
– Por favor, Lisbon. Não é nada demais...
– Em que mundo um colar de esmeralda e diamante não é nada demais?
– Por favor. Use-o amanhã e se você não gostar, então vamos na loja e trocamos por algo que você goste.
– Não, Jane. Não posso aceitar – Teresa permanecia teimosa
– Sim, Teresa, Você pode aceitar – retrucou Jane, chamando-a pelo primeiro nome.
– Jane... Por que está fazendo isso?
– Teresa – ele segurou a mão da morena – Eu estou apenas-
– Bom dia! – Pike entrou no escritório interrompendo a conversa entre Jane e Lisbon
– Bom dia Pike – cumprimentou Lisbon
– Shhh! – repreendeu Jane – Megan está dormindo.
..........
Com todos os preparativos, e todos dando milhões de dicas para Teresa, buscando referências e mais referências de moda da mais alta classe social, Jane mal teve tempo de conversar com Lisbon à sós de novo.
Além, é claro, de ter Megan dormindo em seu colo durante toda a manhã.
Mas, finalmente, a manhã estava prestes a acabar, e a moreninha começava a se mexer, acordando, no colo de Jane.
– Oh, olha só... A bela adormecida acordou – brincou Patrick
– A bela adormecida é loira – a pequena respondeu sonolenta
– Ah, é verdade... Então quem você é?
– Eu sou a princesa Megan – ela sorriu, e Jane segurou uma gargalhada
– Muito prazer, princesa Megan! Seu súdito está às ordens.
– Súdito, você pode então me levar até a cozinha, para a minha mãe?
– Oh... Eu vou ter o prazer de ver a rainha Teresa? – Patrick continuou na brincadeira. Megan apenas riu.
..........
Teresa estava quase enlouquecendo com todas aquelas recomendações.
Portanto, assim que teve uma trégua, ela correu para refugiar-se na cozinha, à busca de um café.
Ufa... Finalmente ela podia respirar.
– Se escondendo? – perguntou Pike da porta
– Pois é... Se Wylie me desse mais uma opção de vestido, acho que minha cabeça ia explodir – brincou a agente, e Marcus riu
– É, ele é muito eficiente – enfatizou, mantendo o sorriso no rosto, enquanto aproximava-se de Lisbon – Sabe... No outro dia, acho que as coisas ficaram muito perdidas no ar.
– Como assim? – indagou Lisbon
– O que acha de sairmos hoje a noite, depois do expediente?
– Hum...
– Olhe, Teresa, não vou ficar aqui bancando o bobo. Você é uma mulher incrivelmente linda e inteligente. Eu adoraria conhecer mais você.
– Pike eu – Teresa tentou falar, mas foi interrompida pelo lábios do agente Marcus Pike sobre os dela.
E naquele mesmo instante, Patrick Jane e a pequena Megan pararam na porta da cozinha, flagrando os dois agentes, em um beijo forçado, mas que não se parecia com um.
Preocupado demais com Megan, e chocado demais para reagir de maneira mais... “brusca” à situação, Jane rapidamente deu meia volta e foi para bem longe dali.
Entrou no último segundo antes das portas do elevador se fecharem, e levou Megan até um fast-food próximo de onde estavam.
– Tio Patrick, porque a mamãe estava beijando aquele cara? – perguntou inocente a menina
– Bem... O que eu posso dizer? Sua mamãe e o agente Pike se gostam. Sabe, Megan? Igual quando um príncipe gosta de uma princesa, e vice-versa – constatou o loiro tristemente
– Hum... Eu achei que você fosse o príncipe da mamãe – confessou Megan
– É... – sussurrou Jane – Eu também.
...
Enquanto isso, na cozinha do FBI, Teresa Lisbon, espantada com a ação do agente, demorou alguns segundos para reagir.
E sua reação não fora nada positiva... Para Marcus.
Teresa soltou-se dele, livrando sua boca da dele, e logo em seguida bateu em seu rosto com força, e o som do tapa ecoou por todo o arredor da cozinha, fazendo com que todos os que estavam perto virassem para ver o que havia acontecido.
– Mas que porcaria foi essa? – gritou a agente irritada.
– Teresa, me desculpe – Marcus quase sussurrou, olhando envergonhado para os lados – Achei que ia gostar.
– Ahh... Achou que eu ia gostar? – ele assentiu com a cabeça – Lembre-se que eu gosto de ser respeitada! – bufou ela e saiu em busca de algum lugar sem os olhos curiosos de ninguém.
Foi até o sofá de Jane procurar Megan, mas ele estava vazio.
Desceu até a creche do FBI, porém sua filha não estava lá.
Na volta, por coincidência, acabou encontrando Jane e Megan no elevador.
– Onde vocês estavam? – perguntou Lisbon
– Fomos ali no Burger King comer alguma coisa... Megan estava morrendo de fome. – explicou Jane – Trouxemos um lanche para você – ele entregou a embalagem de qualquer jeito, evitando olhá-la nos olhos, e saiu do elevador quase que correndo.
Teresa estranhou o comportamento de Jane, mas não comentou nada pois achou ser só impressão.
..........
Mais tarde, naquele mesmo dia, faltando apenas cinco minutos para todos irem embora, Lisbon ainda procurava algo em seu computador.
Jane, que estava deitado com Megan no sofá atrás da mesa dela, fingiu estar dormindo e sempre que podia, tentava descobrir o que ela tanto procurava.
Mas Patrick estava irritado com ela, por causa do beijo que ele vira ser trocado entre ela e o agente Pike.
– Ai, droga! – exclamou Teresa – E agora? – Patrick imediatamente fechou os seus olhos e continuou fingindo seu sono
Lisbon virou sua cadeira para trás, e encontrou Megan dormindo tranquilamente no peito de Patrick Jane.
– Jane... – ela chamou – Jane, acorda.
– Hum? – ele abriu os olhos, sonolento
– Já está na hora de ir...
– Ah, sim... Eu vou ficar mais um pouco. Boa noite Lisbon.
– Não, não volta a dormir ainda. Preciso de uma ajuda sua.
– Sobre?
– Wylie me indicou dois vestidos, mas eu não sei qual deles vai combinar mais com o colar que você me deu.
– Ah... Talvez o agente Pike saiba mais sobre essas coisas – ele falou, tentando parecer indiferente.
– Eu não estou mais falando com ele...
– Jura? Não foi o que pareceu
– O que? Do que está falando?
– Você sabe do que eu estou falando – disse Patrick simplesmente
– Não, eu não sei.
– Do beijo, Lisbon – ele continuava evitando olhá-la nos olhos
– E é exatamente por isso que eu não estou mais falando com ele. Ele me beijou a força, me desrespeitou – ambos ficaram pensativos por alguns instantes – Espera, é por isso que você está sendo frio comigo o dia inteiro?
Patrick não respondeu. Mas levantou-se, tomando cuidado para que Megan não acordasse, e depois a acomodou no sofá.
– Olha – começou o loiro parando em frente de Teresa – Já não é segredo que eu gosto de você, Teresa. Se você não sentir o mesmo... Tudo bem, não tem problema. Eu só não sei se consigo ver você namorando outros homens sem me chatear. Mas não se preocupe comigo, eu vou ficar bem – Teresa estava em estado de choque. Não sabia o que dizer. Patrick se aproximou mais dela e depositou um beijo em sua testa – Eu preciso ir... Diz pra Megan que ela foi uma excelente companhia hoje.
E Patrick se foi, deixando uma Teresa paralisada para trás.
Capítulo 5 - Como agir?
Naquela mesma noite, Lisbon se revirava na cama sem
conseguir dormir.
A reação de Jane quanto ao beijo forçado que Pike dera nela
ainda a deixava paralisada. Primeiro a frieza dele com ela durante toda a tarde
e depois aquela declaração... Droga! Ela deveria tê-lo impedido de sair, e ter
declarado seu amor para ele também.
- Teresa? – chamou
Megan parada na porta
- Oi, ainda está
acordada, meu amor?
- Tive um pesadelo...
Posso dormir aqui com você?
- Claro bebê – ela
moveu-se para o lado, dando espaço para Megan acomodar-se
- Mamãe... Posso te
perguntar uma coisa? – Teresa meneou a cabeça em uma resposta afirmativa – Você
gosta do tio Marcus?
- Hãn? Por que a
pergunta?
- É que, quando eu e
o tio Patrick estávamos indo pra cozinha, a gente viu vocês dois se beijando...
E aí eu perguntei pro tio Patrick e ele disse que era porque vocês se
gostavam... Igual um príncipe e uma princesa...
- Ele disse isso?
- Aham.
- Bem, ele estava
errado. Eu não gosto do Marcus, ele me beijou a força... Entendeu?
- Entendi... Então de
quem você gosta?
- Acho que já está na
hora de dormirmos – a morena esquivou-se da pergunta
- Está bem... – após
alguns segundos de silêncio, a menina continuou – O tio Patrick queria que você
fosse a princesa dele.
- E-Ele disse? – gaguejou
Teresa
- É. Ele pensou que
eu não ia ouvir, mas eu ouvi.
- E ele disse mais
alguma coisa?
- Não... Só disse
isso mesmo – Megan abriu os olhos – Você gosta do tio Patrick?
- E-Eu... É
complicado, amorzinho.
- Eu não entendo como
isso pode ser complicado. Ou você gosta, ou não gosta! Simples assim – Teresa
soltou uma gargalhada, e não conseguia mais parar de rir – Qual é a graça?
Vocês adultos são tão estranhos...
- É... – ela disse
ofegante – Nós somos – ela acariciou os cabelos negros da menina – Agora é hora
de dormir mocinha.
..........
Enfim chegou o grande dia. Teresa e Megan já estavam
acordadas e a caminho do FBI. Durante toda a manhã, Teresa não conseguia parar
de pensar em como ela deveria agir com Patrick, depois da conversa que eles tiveram
ontem, mas de uma coisa ela tinha certeza: o quanto mais ela pudesse adiar essa
conversa, ela adiaria.
Patrick se encontrava no mesmo debate e até se surpreendeu
de ter conseguido dormir com esse “elefante na sala”. A imagem de Lisbon nos
braços de Pike não saia da cabeça dele nem por um segundo.
Ele estava irritado com ela, essa era a verdade. Afinal, uma
mulher como ela que é capaz de derrubar pessoas com o dobro de tamanho dela,
não conseguiria impedir aquele beijo, que ela alegou no dia anterior ser
forçado? Patrick acreditava, sem sombra de dúvidas, que ela também tinha sido
uma participante ativa naquele beijo.
Depois de beber um chá, que de nada serviu para acalmá-lo,
Patrick saiu do trailer e, sem prestar muita atenção às coisas ao redor, ele
dirigiu-se até o elevador, dentro do prédio do FBI.
- Tio Patrick! –
exclamou a pequena Megan quando o viu entrar, e saiu correndo para abraça-lo
- Olá princesa Megan.
- Olha, eu melhorei
da gipe
- É, estou vendo. Que
bom, não é? – ele continuou sua caminhada até o elevador, só que com Megan em
seu colo desta vez, e apreensivo com a situação que ele inevitavelmente
entraria
- Bom dia, Jane... –
cumprimentou-o Lisbon
- Bom dia, Lisbon –
ele abaixou o olhar e ambos entraram no elevador. Sozinhos.
- Tio Patrick, sabia
que eu dormi na cama da mamãe? – perguntou a menina animada
- É mesmo? E você
gostou?
- Gostei sim! A gente
ficou abraçadas a noite toda... – a menina respondeu sorridente
Segundos de silêncio, que se pareceram infinitos, e então a
porta se abriu, e os dois saíram apressados.
- Jane, Lisbon! –
exclamou Wylie ao vê-los – Que bom que chegaram, temos pouco tempo.
- Como assim pouco
tempo? – perguntou Lisbon checando o relógio, que marcava oito horas em ponto
- Muita coisa para
cuidar... Abbot quer vocês dois nesse endereço – ele entregou um papel para
Lisbon – e disse para deixarem Megan aqui, porque de lá vocês já vão para o
local que vai ocorrer a festa beneficente. Ah, e... Abbot disse que é para
vocês irem no mesmo carro, para ir mais rápido.
- Ok, sem problema – antecipou-se
Lisbon – Vamos? – e Jane assentiu com a cabeça.
..........
Segundo o GPS do carro de Lisbon, demoraria uma hora para
chegar até o local designado. O silêncio chegava a ser incômodo, e a morena já
estava farta da indiferença de Patrick.
- Jane? – ele tirou
seu olhar da janela e virou-se para Lisbon – Quer conversar?
- Hum... – ele ficou
pensativo por alguns segundos – Não tenho nada para dizer...
Lisbon ficou desacreditada da resposta do loiro e,
permitindo-se agir conforme sua ira, ela parou o carro no acostamento, e virou
seu torço inteiramente para Jane.
- Ok, já chega! Não
dá mais para fingir que nada aconteceu.
- Oh, sim, agora você vai ficar irritada – ele enfatizou
- O que quer dizer
com isso?
- Ah, Lisbon, por
favor... Até parece que não sabe o que eu quero dizer com isso.
- Não, eu não sei!
- Está bem, então, se
você quer fingir que não sabe, então eu falo. Eu não posso acreditar que você
vai ficar irritada comigo, depois de tudo o que você fez...
- Olha, se você está
falando do beijo eu-
- É claro que eu
estou falando do beijo – interrompeu ele – Eu não consigo entender como uma
mulher igual a você não impediu aquele nojento do Pike de beijar você, já que
você mesmo disse que o beijo foi forçado.
- Mas que diabos você
está falando? – ela gritou para que sua voz sobressaísse a dele
- Eu estou falando
que você queria tanto aquele beijo, quanto o agente Pike, e foi por isso que
você não o impediu-
- Mas eu- ela tentou
interrompê-lo
- Mesmo sabendo que
eu estou apaixonado por você...
E então o silêncio invadiu o carro novamente.
- Só para constar...
– Lisbon prossegui, mais calma agora – Eu fiquei muito chocada com o beijo, mas
assim que eu me dei conta eu me afastei dele e dei um tapa na cara dele.
- Hum... – ele
grunhiu – Me desculpe por ter gritado...
- Tudo bem.
- Então isso quer
dizer que... Vocês não... Não estão juntos?
- Não... E não vamos
ficar. Nunca – e, mais uma vez, silêncio e olhares trocados.
- Nosso encontro de
amanhã está de pé, então?
- Está – a morena
sorriu tímida
- Ótimo, ótimo...
O celular de Teresa começa a tocar, retirando-os da
conversa. Era Abbot que, impaciente, os esperava.
Capítulo 6 - Undercover
- Boa noite senhoras e senhores. Sejam bem-vindos a festa beneficente a favor da inclusão cultural. Aproveitem essa noite ao som de música clássica.
A festa tinha apenas começado. Patrick e Teresa já estavam prontos para iniciar o plano.
Teresa usava um vestido verde escuro, tomara que caia, longo e o colar de esmeralda com diamantes que Patrick lhe dera. O sapato de salto em seus pés a deixavam mais alta, e seus cabelos ondulados e presos em uma presilha de um dos lados, compunham o visual perfeito para se passar por Victoria.
Patrick vestia um smoking tradicional e andava com uma taça de champanhe na mão, entre os convidados da festa à procura da verdadeira Victoria.
Teresa parou em frente ao quadro de Vermeer, como Patrick havia lhe orientado, e após alguns segundos admirando-o, um homem alto, moreno, bem aparentado, põe-se ao lado dela e começa a observar o quadro também.
- Esta é a reprodução mais perfeita que já vi – Teresa começou, tentando puxar assunto
- Por reprodução você quer dizer “falsificação”? – perguntou o homem. Teresa apenas concordou com a cabeça – Então você entende de arte?
- Claro... Não estaria aqui se não entendesse.
- Bem, senhorita, aposto que muitos dos “figurões” aqui não fazem nem ideia de quem foi Leonardo da Vinci... – Lisbon sorriu em resposta – Desculpe-me meus maus modos. Meu nome é Oliver Gerrard – ele estendeu a mão para cumprimenta-la
- Meu nome é Victoria. Apenas Victoria.
- Muito prazer senhorita Victoria – Oliver levou a mão de Lisbon até a boca e beijou delicadamente – Mas, então... Estava me falando que essa é a reprodução mais perfeita que você já viu?
- Sim.
- E se eu te dissesse que esta é a obra original de Vermeer?
- Impossível! O quadro original foi roubado há dois meses... – Oliver apenas sorriu, vitorioso, e Teresa fingindo entender apenas naquele momento que ele era o ladrão, sorriu de volta – Então esse é o original?
- Podemos dizer assim. O que diria se eu te dissesse que tenho mais algumas obras magníficas e originais em um lugar não muito longe daqui?
- Achei que trataria de negócios com Frachesco...
- Frachesco é só meu ajudante – esclareceu ele
- Bem... Quando posso assinar meu cheque? – Oliver sorriu mais uma vez, e indicou a saída para que Lisbon o seguisse.
A equipe tática do FBI já estava preparada por esse momento, mas esperariam que chegasse até o lugar onde tinham as outras obras para que eles entrassem em ação.
Enquanto isso, Patrick Jane continuava na sua busca por Victoria, e então avistou uma mulher de cabelos loiros, vestido na altura da coxa, não muito curto, da cor branca, salto alto nos pés e batom vermelho nos lábios. Pintados com delineador preto na pálpebra superior, seus olhos eram ferventes e fulminantes como fogo.
Sem dúvida aquela era Victoria.
Patrick olhou para outro lado e fingiu não se importar, afinal, segundo sua teoria, essa poderia ser uma boa forma de iniciar um interesse por parte de Victoria.
E funcionou. Dois minutos depois de ambos estarem no balcão do bar, esperando suas bebidas, Victoria se virou para Patrick e, sorrindo, começou:
- Aproveitando a noite, Patrick?
- Desculpe? – Patrick espantou-se com a pergunta
- Perguntei se está aproveitando a noite, senhor Patrick Jane... – Patrick ficou sem resposta, e então Victoria prosseguiu – Desde o momento que sua amiguinha agente do FBI disse pensar que trataria de negócios com Frachesco, Oliver me mandou uma mensagem de texto, avisando-me. Depois disso bastou uma pequena busca na internet para descobrir quem você era – esclareceu ela – Agora, me diga uma coisa, Patrick... Achou mesmo que impediria a venda do quadro de Vermeer? – Patrick riu
- Me diga você uma coisa, Victoria... Como estava o vinho em sua limusine?
- Como é?
- O vinho que você bebeu em sua limusine, como estava?
- Como você...?
- Como eu sei? Seu motorista na verdade faz parte do nosso time no FBI. Eu pedi para que ele colocasse um calmante no seu vinho, que na verdade era um suco de uva forte...
- Mas... Como? Como você sabia quem eu era e onde eu estava?
- Olhando as câmeras de vigilância do aeroporto de Paris nos voos para os Estados Unidos nas últimas cinco horas. Você só negociou em terras americanas três vezes, e nessas três vezes você chegava algumas horas antes da negociação acontecer e ficava cerca de duas horas após a troca e assassinato de todos os que conheceram você. Eu entendo você, muito arriscado ficar aqui por mais tempo e acabar sendo pega. Demorou algum tempo para descobrirmos em qual avião você estava e foi bem arriscado, mas valeu a pena. Ah... e nesse exato momento, a agente Lisbon está com Oliver, Frachesco e Pierre algemados e um esconderijo cheio de preciosas obras de arte.
Antes que Patrick pudesse falar mais alguma coisa, Victoria caiu no chão, desmaiada por causa do calmante que ela bebera junto ao suco de uva.
- Ha-ha! – vangloriou-se.
..........
Patrick pediu para Abbot para liberá-lo junto de Teresa, sem que eles precisassem entregar nenhum tipo de relatório, e ele porém, deixou a entrega das papeladas para segunda-feira, e dispensou todos do escritório para o fim de semana, afinal, eles haviam acabado solucionar um enorme caso.
Fischer estava prestes a deixar o escritório quando Patrick a alcançou.
- Kim!
- Jane... Está tudo bem?
- Está sim. Posso te pedir um favor?
- Ahm... Diga.
- Você quer ir ao cinema?
- Como é? – ela franziu o cenho
- Ir ao cinema... Com a Megan.
- Ah, sim... Por um momento eu achei que... Deixa pra lá
- Que eu estava te chamando para sair?
- É, eu... Até estranhei.
- Não, eu não faria isso com o Cho – explicou-se ele
- Como?
- Ah, vai dizer que não sabe que ele está secretamente apaixonado por você?
- Er... Eu... – gaguejou ela
- Tudo bem, eu não vou espalhar nenhuma fofoca por aí... Mas, voltando ao meu caso: Quero sair com a Lisbon, mas preciso que alguém cuide da Megan
- Está bem, eu cuido dela. Até que horas?
- Bem... – Patrick olhou no relógio – Até umas onze. Pode ser?
- Tudo bem. Mas está me devendo uma.
- Muito obrigado, Fischer!
E então Jane saiu correndo para falar com Lisbon esperando que ela aceitasse o pedido de adiantar o encontro dos dois.
<<Capítulo 7 - More than words>>
Depois de convencer Lisbon de antecipar o encontro, argumentando que Fischer cuidaria de Megan e que eles estariam de volta antes das onze, que era um horário bom para Teresa colocar sua pequena na cama, os dois foram até um restaurante não muito distante dali, ainda vestidos com as roupas de festa.
Jane para o carro que ele havia alugado para a festa beneficente em frente o lugar e o manobrista se apressa para abrir as portas, e dentro de alguns minutos, Teresa e Patrick estavam sentados em uma mesa, no terraço do restaurante.
– A noite está agradável, não está? – perguntou Patrick iniciando um assunto
– Está sim... Eu amei o colar, ficou lindo em mim. Obrigada.
– Imagina. Tudo fica bom em você porque você é linda. – elogiou-a fazendo com que suas bochechas ruborizassem e seus lábios se curvassem em um sorriso tímido – Não precisa ficar vermelha toda vez que eu te faço um elogio...
– Ainda não me acostumei com esse seu lado – ela admitiu fazendo-o rir
– Que tal pedirmos então? – sugeriu
– Ótimo.
..........
Com o decorrer do tempo durante o jantar, Jane decidiu não pressionar muito a situação, afinal, Lisbon poderia facilmente “fugir” dele.
Então, começou a fazer piadas e, quando se sentia seguro, flertava com ela.
Quando o relógio marcou dez horas e trinta minutos, Teresa pediu para irem embora, mesmo sabendo que isso deixaria Jane chateado.
– Desculpe, é que Megan...
– Está tudo bem, Teresa – ele interrompeu-a – eu entendo.
O caminho foi silencioso, e Lisbon considerava em sua mente como a noite havia sido divertida. Ela faria questão de dizer isso a Jane.
Fischer já os esperava, junto a Megan, do lado de fora do shopping, onde as duas aproveitaram um bom filme 3D, pagos por Patrick, e após pegarem a menina e agradecerem pela ajuda de Kim, se puseram no caminho até a casa de Lisbon.
Enquanto a pequena dormia no banco de trás do carro e Teresa viu uma boa oportunidade para conversar com o Jane, sem ser interrompida.
– Obrigada pela noite, Patrick – ela começou – Foi muito legal.
– Por nada. Podíamos fazer isso mais vezes, talvez ir até alguma praia, podemos levar Megan. Tenho certeza que ela vai gostar. Também podemos ir n- Patrick disparou em um único fôlego, porém fora interrompido em seu discurso.
E não por qualquer coisa.
Ele havia sido interrompido pelo lábios de Teresa contra os seus. Rapidamente Patrick passou a correspondê-la com paixão.
Uma paixão que estava guardada no profundo dos corações por um longo tempo.
– Uau! – Patrick exclamou assim que o beijo cessou – Jamais imaginei você me atacando desse jeito – ele brincou
– Culpa sua...
– Como a culpa pode ser minha?
– Você fala demais – ela se aproximou do loiro mais uma vez para outro beijo
– Hummm... – Patrick grunhiu – Tem razão. Falo demais.
– É... Mas, respondendo a sua pergunta de antes: Sim, vamos fazer isso mais vezes. Eu adoraria ir a praia com você e Megan.
– Claro. Principalmente agora que somos mais do que amigos...
– Ah é? E o que nós somos? – perguntou a morena sorrindo
– Namorados... Quero dizer... Você quer ser minha namorada?
– Sim. Eu quero – e o casal se beijou uma outra vez.
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Seis meses depois do primeiro encontro, Patrick pediu Teresa em casamento. Nada muito romântico ou público. Pelo contrário, ele levou Teresa e Megan para uma caminhada no parque em um sábado no início da noite, e quando eles chegaram em frente um lago, Patrick declarou seu amor por Teresa, dizendo pela primeira vez, desde que eles começaram a namorar, as palavras “eu te amo”, e então fez o pedido.
Emocionada, Teresa aceitou com algumas lágrimas nos olhos, e logo Megan os felicitou, contando, animada, todas as coisas que eles poderiam fazer depois que Patrick e Teresa se casassem.
Os dois esperaram cerca de um ano para irem ao altar, pois tudo tinha que ser perfeito, e Patrick havia prometido que levaria sua amada para uma volta na Europa na lua de mel, e portanto ele deveria juntar suas economias, e planejar para que os dois saíssem de férias no mesmo tempo.
Compraram uma casa nova com móveis planejados em uma área residencial, assim poderiam criar Megan e os filhos que teriam futuramente, em um ambiente melhor do que na correria da cidade.
Hoje faz três anos que eles se casaram, mas, ao contrário do que Megan pensava na época, não aconteceu como nos contos de fada, onde o príncipe e a princesa vivem felizes para sempre, entretanto ela aprendeu que a vida e a felicidade são uma construção que se faz a cada dia, uma decisão.
E todos os três descobriram que viver em família nem sempre é fácil, mas vale muito a pena.
Descobriram a pedir desculpas quando erram, e perdoar quando quem erra é o outro.
E, principalmente, descobriram a se apoiar nos momentos difíceis.
Momentos difíceis como hoje, quando Teresa acaba de descobrir que não pode gerar filhos em seu ventre, pois é estéril.
Ela não havia contado para ninguém, aliás, ela não sabia como contar. Patrick e ela já estavam tentando engravidar há quase um ano.
Um nó em sua garganta se formava todas as vezes que ela se lembrava das palavras do médico: “Eu sinto muito, senhora Lisbon, mas a senhora não pode ter filhos... Sinto muito”
Sim, ela sim sentia muito. Sentia por não poder ter a experiência de amamentar, de dar a luz a um bebê... Sentia muito por Patrick, que não teria outro filho biológico por causa dela.
“Como eu vou contar isso para ele? Como?” pensava ela.
Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, Patrick entrou pela porta da casa, e logo a cumprimentou com um caloroso beijo.
– Como foi seu dia? – perguntou ele
– Ah, eu... Sai para dar uma volta... – Teresa omitiu a informação de que ela havia ido ao médico. Ela não queria lidar com isso agora
– Isso é bom, você tem trabalhado muito nesses dias. Devia tirar mais folgas...
– É, tem razão. Está com fome? – ela mudou de assunto
– Estou, que tal sairmos para comemorar, hein?
– Hm... Comemorar o quê? Não estou muito no humor para sair.
– Bem... – o sorriso de felicidade saiu de seu rosto, dando lugar a uma expressão de desapontamento – Hoje é nosso aniversário de casamento... Então eu achei que... Talvez, pudéssemos sair para comemorar, sabe?!
– Ah, Patrick... Me desculpe! Eu sinto muito, eu... Me desculpe.
– Não, está tudo bem... Eu entendo que você tem muito na cabeça agora, está tudo bem.
– Não, não está tudo bem! – Teresa começou a derramar todas as lágrimas que ela havia segurado desde que saiu do consultório do médico – Me desculpe, me desculpe...
– Ei, ei... – Patrick a abraçou para acalmá-la – Está tudo bem, ainda teremos muitos outros aniversários para comemorar, não precisa chorar, amor...
– Não... Eu sou uma esposa horrível! Eu não gosto de cozinhar, eu me esqueci do nosso aniversário de casamento e eu não posso te dar o filho que você quer... – ela gritou, tirando do peito tudo o que a afligia
– O que?
– Eu não posso ter filhos, eu... Eu sou estéril, eu não posso ter o nosso bebê. Eu não posso... – ela soluçava enquanto era consolada por seu marido
– Está tudo bem, está tudo bem, amor...
– Não, eu-
– Não, preste a atenção em mim! – ele a interrompeu e a fez olhá-lo nos olhos – Eu sei que isso não é o que queríamos, mas vamos ficar bem, ok? Nós temos uma filha, e ela é linda como você. E nós podemos adotar... Não chore, ok?! Vamos ficar bem.
– Você não está bravo comigo? – ela perguntou estando mais calma agora
– Claro que não! Como eu poderia ficar bravo com a minha princesa? – ela o abraçou, como forma de agradecimento – Por que você não vai tomar um banhozinho enquanto eu preparo o jantar?
Ela assentiu e foi até o banheiro de seu quarto, no andar de cima.
Megan não tardou em chegar em casa da escola. Estava muito animada e elétrica, afinal, toda criança de sete anos gosta de contar tudo o que aconteceu no dia para os seus pais.
– Cadê a mamãe? – perguntou ela
– Está no banho. Quer ajudar o papai a fazer o jantar?
– Oba! Eu quero, eu quero! – exclamou Megan
Depois de alguns minutos, Teresa desceu até o andar térreo da casa e foi até a cozinha. Ela estava muito mais calma agora.
– Mamãe! – Megan disse e correu para abraça-la
– Oi Megs... Como foi o dia na escola?
– Foi muito legal! Eu fiz amizade com a menina nova da sala, e a professora em deixou ser a ajudante dela. Ah... Eu também fiz uma coisa pra você – ela foi até sua mochila e retirou de lá uma caixa envolta em um laço vermelho – abre!
Teresa abriu e dentro havia uma camiseta, e a morena não havia entendido o porquê do presente até ver que havia escrito na camiseta, que fora pintado com cores diversas por Megan.
Os olhos dela se encheram de lágrimas.
Na camiseta estava escrito: Melhor mãe do mundo.
– Gostou? – indagou Megan esperançosa
– E-Eu... Eu amei! É linda, meu amor.
– Eu que fiz – ela disse orgulhosa e Teresa a abraçou forte, derramando lágrimas de felicidade
– Obrigada, bebê.
– Ah... Camiseta legal! – disse Patrick – Onde está a minha?
– Como assim “a sua”? – perguntou inocente Megan
– Oras, a minha camiseta escrita “melhor pai do mundo” – esse comentário fez Teresa rir
– Ah, papai... Agora é a vez da mamãe, não fique com ciúme. Eu te amo também – Ambos os adultos riram, e envolveram-se em um abraço de família.
“Patrick tinha razão” pensou Teresa “Já temos uma filha... E ela é linda!”
Mais tarde, naquele mesmo dia, quando todos já estavam deitados em suas camas, Teresa considerava em sua mente tudo o que havia acontecido.
– Patrick? – sussurrou ela – Está acordado?
– Sim, estou – ele abriu os olhos e virou-se para ela
– Eu estava pensando naquilo que você me disse hoje. Sabe? Sobre adotarmos...
– E a que decisão chegou?
– Nenhuma. Só criei mais perguntas.
– E quais perguntas são essas?
– O que será que a Megan vai achar disso? Eu não quero que isso se torne uma coisa ruim, sabe?
– Bem... Quanto a isso – Patrick olhou para a menina que tentava se esconder na porta – Acho que você deve perguntar a ela – Teresa virou-se e encontrou Megan
– Megan... O que está fazendo acordada?
– Desculpe, eu não queria bisbilhotar... Só estava pensando se eu podia dormir na cama de vocês hoje
– Claro – respondeu Teresa, dando espaço para que ela deitasse no meio dos dois.
– Sobre o que vocês estavam falando? – perguntou Megan
– Megan – Teresa começou calmamente, escolhendo as palavras – Lembra que o papai e eu dissemos que a gente queria te dar um irmãozinho ou irmãzinha?
– Lembro...
– Então, hoje a mamãe foi no médico e fez uns exames e... O doutor disse que eu não posso ter filhos, você entende? – a menina assentiu com a cabeça – Então, eu e o papai pensamos em te dar um irmão ou irmã de outra forma.
– Como assim?
– Existem algumas mamães que não conseguem criar seus filhos, então elas colocam essa crianças para outra família que tenha condições, cuidem deles. Isso se chama adoção – Megan estava atenta as palavras de sua mãe – O que você diria se nós adotássemos uma criança?
– Pode ser que seja uma menina, ou um menino... – acrescentou Patrick – Talvez seja mais novo do que você, mas também pode ser que seja mais velho.
– E ele ou ela vai morar aqui com a gente?
– Aham...
A menina ficou pensativa por alguns instantes, e então prosseguiu:
– O que isso vai mudar?
– Nada vai mudar... Vai ser tudo como é agora, a única diferença é que a nossa família vai aumentar de tamanho – respondeu Patrick
– E nós vamos continuar a te amar como sempre te amamos – acrescentou Teresa
– Eu acho que... Acho que vou gostar de ter uma companhia da minha idade aqui – ela sorriu e foi envolvida em um abraço por Patrick e Teresa.
Demorou apenas alguns minutos para que todos fossem embalados pelo sono que seguiria noite a dentro.
..........
Patrick pediu duas semanas de folga para ele e Teresa, até que resolvessem a situação da adoção. Marcou um horário em um orfanato para uma visita, mas tudo isso sem avisar Teresa.
– Patrick, acorda! – chamou ela, na manhã de segunda feira – Já estamos atrasados, Abbott vai nos matar!
– Relaxe, querida... Estamos de folga.
– Como é?
– Estamos de folga, por duas semanas... Para resolvermos a situação da adoção – explicou-se ele
– Quer dizer que me troquei a toa? – ele perguntou com um sorriso no rosto
– Bem, não foi a toa. Temos uma visita marcada em um orfanato hoje.
– Sério?
– Claro. Foi o que combinamos, não foi? De qualquer forma, foi bom você ter me acordado. Precisamos sair em uma hora.
Patrick se levantou e foi até o banheiro tomar um banho, enquanto Teresa terminava de arrumar Megan para ir à escola.
Quando eles chegaram no orfanato, a assistente social fez a primeira parte da visita no escritório dela, explicando que se eles precisavam estar 100% seguros de que iriam adotar, pois o estado emocional de todas as crianças lá eram muito delicados.
A visita seguiu com a apresentação de todo o espaço do orfanato, que tinha uma escola acoplada na parte de trás. A assistente social os deixou sozinhos para que eles pudessem conhecer mais o local, e conversar com as crianças.
Patrick e Teresa decidiram se separar para olharem lugares diferente, afinal, hoje era apenas uma visita e nenhuma decisão seria tomada de imediato.
– Hey, então... – ele ouviu de longe a voz de um garoto – eu estava pensando... Podíamos sair um dia desses e- Hey, volta aqui, espera! – Patrick se aproximou e viu um garoto por volta dos treze ou quatorze anos , sendo deixado para trás por um menina da mesma idade – Droga! – exclamou ele
– Não vai conseguir nada com essa tática – disse Patrick, fazendo o menino olhar para ele
– E quem é você?
– Patrick Jane. Pode me chamar de Patrick. E você? – Patrick estendeu a mão para cumprimentar o garoto
– Aaron White – respondeu o menino apertando a mão de Patrick – Com todo o respeito, senhor Patrick, mas não preciso de nenhum recém-casado, apaixonado me dizendo o que devo ou não fazer
– Por que acha que sou recém-casado?
– Bem... Você tem esse ar de apaixonado, tem algo diferente nos olhos... Está usando roupas que combinam... Foram escolhidas por uma mulher, e provavelmente não era sua mãe.
– Bem observado... Mas está errado. Parcialmente errado. Já sou casado há três anos, mas, sim, estou apaixonado pela mulher que escolheu minha roupa.
– Nem sempre se acerta, não é?
– Quer ver eu acertar em uma tática para você paquerar alguém?
– Duvido!
– Bem, é óbvio que você está apaixonado, mas não é pela garota que você chamou para sair. Eu diria que é a menina mais bonita da sala... Estou certo?
– É está sim. Mas qualquer um pode saber disso.
– Então, agora, vá até essa menina que você gosta e comece o assunto fazendo algum elogio, isso sem dúvida chamará a atenção dela. Depois tente fazê-la rir com alguma coisa, e então seja direto. Diga que quer conhece-la melhor.
– Isso vai mesmo dar certo?
– Esteja confiante e dará certo!
Lisbon passeou no meio das crianças de quatro à seis anos, mas antes que ela pudesse fazer algum contato com alguma das crianças, o sinal da escola soou, informando que o intervalo havia acabado. Então ela saiu a procura de seu marido, e o encontrou parado observando algo.
– Patrick?
– Oi, querida...
– O sinal tocou, precisamos ir
– Ah, sim, claro... Só um minuto, eu prometo – Patrick avistou de longe Aaron correndo em direção a ele
– Hey, Patrick... Você estava certo, ela me deu o número de celular dela – contou animado
– Ahh... Não disse? Agora, quando for hoje, depois da escola, você manda uma mensagem de texto para ela. Não vai mostrar um desespero, e também não vai mostrar indiferença. Mas enquanto isso, conheça minha esposa, Teresa Lisbon.
– Muito prazer senhora Lisbon – cumprimentou-a Aaron – Eu me chamo Aaron White.
– O prazer é meu Aaron. Patrick já estava ‘se mostrando’, não é?
– Ele me deu uma dica de como começar uma conversa com Amanda Wilson
– E funcionou – vangloriou-se Patrick
– Muito bem, Aaron – disse a assistente social – Já não devia estar na aula?
– Desculpe senhora Collins, eu estava apenas agradecendo ao senhor Patrick. Já estou indo. Foi um prazer conhecer vocês – e o menino saiu correndo para a aula
– Bem... – começou Collins – Tenho que dizer, estou impressionada. São muito raros os casais que querem adotar crianças na idade de Aaron.
– Como? – indagou Patrick
– Quero dizer... Pelo que me pareceu, vocês se deram bem com Aaron. Se quiserem podemos marcar uma outra visita, e vocês podem pensar até lá.
– Ótimo, ótimo! – respondeu Patrick confuso
– Vocês podem vir qualquer dia nesse mesmo horário, só precisam me ligar primeiro, está bem?
Collins indicou o caminho de saída para os dois.
Já no carro, Patrick parecia incomodado com alguma coisa.
– Patrick? – indagou Teresa tirando-o de seus pensamentos – Está pensando em Aaron, não está?
– É... Estou. Fiquei intrigado com Collins quando insinuou que nós adotaríamos Aaron. Me fez pensar, sabe?
– Sei sim. Também me fez pensar... O que você acha de adotá-lo?
– Não sei... Mudaria tanta coisa na nossa vida. Será que estamos preparados?
– Não sei.
..........
O resto do dia foi muito calmo e silencioso. Nenhum dos dois deixava de pensar no menino Aaron, mas também não conversaram um com o outro. Até aquele momento, antes de Megan chegar em casa.
– Vamos conversar? Não estou mais aguentando esse silêncio entre a gente – disse Teresa
– Concordo. No que está pensando?
– Bem, eu não conversei muito com o menino, mas pelo o que eu pude ver, é um menino bom.
– Sim, eu também tive essa impressão. O que está nos impedindo de adotá-lo?
– Acho que é a Megan. Será que ela vai gostar de ter um irmão mais velho?
– Bem... Teremos que perguntar para ela.
E conforme o que ambos pensaram, Megan animou-se com a ideia. Até mais com o esperado, e o peso da incerteza saiu do ambiente, e uma empolgação tomou conta do lugar.
..........
Já que Teresa já havia adotado Megan, a adoção de Aaron fora ainda mais fácil, e logo o menino estava se mudando para a casa junto a sua nova família.
– Como é seu nome? – perguntou Megan
– Aaron White.
– E quantos anos você tem?
– Treze.
– O que é isso? – ela apontou para uma capa de guitarra
– É a minha guitarra.
– E esse outro?
– Meu violão
– Você sabe tocar tudo isso?
– Sei sim... Algum dia desses eu toco para você ver, está bem?
Patrick e Teresa olhavam de longe os irmãos conversando pela primeira vez, e rindo da curiosidade de Megan.
– Mamãe! Papai! – gritou Megan correndo em direção a eles, que retiravam as caixas com as coisas de Aaron do carro – Podemos fazer um piquenique na sala para o Aaron tocar uma música no violão dele? Por favorzinho!
– Claro... Por que você não ajuda a mamãe a levar essa caixa aqui lá pra dentro?
Megan os ajudou, assim como também Aaron e antes das nove horas da noite, o menino já havia se instalado em seu novo quarto.
E conforme o prometido, Patrick fez panquecas e Teresa fatiou algumas frutas, e eles sentaram-se no chão da sala para comerem, e Aaron pegou seu violão, satisfazendo os desejos de sua irmã, e tocou a música “More than words”.
Ah, sim... Uma família construída com muito mais do que palavras.
Awn, ti fofo *-*
Gostaram do capítulo?
Estou sentindo muita falta dos comentários de vocês, então, por favor, não deixem de comentar uma última vez nessa fic, please *-*
Foi muito bom ter vocês aqui, acompanhando e comentando :D
Muito obrigada!
Beijinhos e até a próxima fic *-*
Gostaram do capítulo?
Estou sentindo muita falta dos comentários de vocês, então, por favor, não deixem de comentar uma última vez nessa fic, please *-*
Foi muito bom ter vocês aqui, acompanhando e comentando :D
Muito obrigada!
Beijinhos e até a próxima fic *-*
oown *--* que fofura!!! Amei o primeiro capítulo.. mto fofa a Lis com a Megan ♥
ResponderExcluir♥ Oi Karina ♥
ExcluirU.U Que legal que gostou! :3
Já estou começando a pensar em como será o próximo capítulo :P
Muito obrigada por comentar! :D
Beijinhos ♥
Magina só Teresa lisbon adotando uma criança,como será que vai ser a vida dela como mãe uma criança de quatro anos,eu acho que ela vai pedir ajuda a Jane.Esperando a continuação.Tomara que Pike não apareça nem tão cedo,porque eu já tô cheia daquele cara na serie colado na Lisbon toda hora.Bjs Lindiana Mendes
ResponderExcluir♥ Ebaa! Que bom te ver aqui Lindiana ♥
ExcluirInfelizmente Pike vai aparecer, muito provavelmente, no próximo capítulo... :/
Mas o Jane (da história) não vai ficar só assistindo não. Hahahaha
Já estou começando a pensar no próximo capítulo... Em breve eu já atualizo ♥
Muito obrigada por comentar :D
Beijinhos :3
Aai meu Deus, que capitulo mais perfeito, simplesmente amei cada detalhe!
ResponderExcluirUebaa! Que SUPER que você gostou Keyla ♥
Excluir♥.♥
Em breve tem mais :D
Valeu pelo comentário :3
Beijinhos
Aiw Lol, q fofo! To amando a fic, essa bbzinha linda filhinha da Lis e parecendo com ela. Sonho realizado da morena linda. E essa ft perfeita! Bjin
ResponderExcluirOi Dri ♥ Estou super feliz de te ver aqui de novo *-* Uhuuul! \o/
ExcluirE mais feliz ainda de saber que você gostou da fic ♥
Dentro de algum tempinho vai ter mais! :D
Muito obrigada pelo comentário ;)
Beijinhos :3
Que capítulo mais cute-cute!!!! E que inveja boa da Megan!!!! kkkkkkkkk
ResponderExcluirO papai pode ser o Jane... #SóAcho! Já me apaixonei pela história!
Mas como nem tudo é flores, tinha que ter uma nota de rodapé anunciando aquele remendo de ser humano que não deixa Jisbon em paz! Aff... Ninguém merece!
Esse senador aí... Sei não hein! Muito suspeito... kkkkkkkkkk
Não vejo a hora de ler o próximo capítulo!!!
Bjinhos da Vivi's...♥♥♥
Oi Viv's ♥
ExcluirAinda bem que você gostou da fic *-*
#Concordo - O pai pode ser o Jane... hahahaha
Quanto ao Pike, fique tranquila... O Jane (da fic) não vai ficar assistindo de braços cruzados não :P hehehe
Senador esquisito, né?! hahahaha Ainda não sei se ele vai estar envolvido em alguma coisa mais pra frente, mas quem sabe, né?!
hahaha
Muito obrigada por comentar Vivi ♥
Beijinhos :3
"(...)está tentando vender o quadro de Johannes Vermeer, A Moça do Brinco de Pérola, um dos quadros mais caros do mundo. (...) Há dois meses o quadro “A Moça do Brinco de Pérola” foi roubado do Museu Mauritshuis, na Holanda."
ResponderExcluirLola também é cultura!!!! :D
Nunca pensei que esse intrometido chegaria tão rápido à história... Aff! Pelo menos aqui temos Patrick Jane esperto e que não fica bancando o telespectador babão! Teresa - sem pressão ok? -, ESCOLHA O JANE!!!!
Megan muito fofa!!!! *-------------------* Linda cena do beijinho no nariz!!!! #Derreti Ela tem bom gosto e vai querer o Papai Patrick!!!
Já quero o próximo capítulo!!! :D :D :D
Bjinhos da Vivi's...♥♥♥
Viu? Fiz a lição de casa direitinho!
ExcluirHahahahahahahahahahahaha
"Teresa - sem pressão ok? -, ESCOLHA O JANE!!!!"
Ouviu Teresa? Escute essa menina, ela sabe o que diz!
Hahahahahahaha
Megan é uma lady, né?! ♥ Um amor!
Sem dúvida, essa é uma menina que sabe dos paranauê... O.o hahahahahaha Ela tem bom gosto, pensa só:
Escolheu como segunda mãe, a Lisbon ♥!
Provavelmente eu comece a escrever o próximo capítulo hoje :P :D
Obrigada por comentar Vivi ♥
Beijinhos :3
Oie, é a Duda, lá do Nyah, não sei se vc recebe comentario de outra Duda, provavelmente recebe pq é um nome comum, mas enfim... Finalmente resolvi comentar aqui no seu blog. Ta muito legal, ficou tão bonitinho *-*
ResponderExcluirOque eu pensei quando li "Vamos ajudar de novo o pessoal do Departamento de Crimes de Arte." foi: Vai dar merda. Esse Pancake de novo, pqp.
Mas, o Jane todo ciumento querendo que o Pike fosse logo embora, e chamando a Lis pra comer comida Japonesa. *-* Ai meu <3 jisbon, socorro.
Eu sei com quem ela vai sair: Com o Pancake pq vc gosta de me ver sofrer. MAS NO FINAL É O JANE QUE ELA AMA, não esquece disso.
E a Megs (adoro o nome Megan by the way) que coisinha mais fofa *-* já to apaixonada por ela. <3
Ve se não demora pra postar o proximo.
Bjss <3
Oioioioioioioioii Dudaaaaa! ♥♥♥♥♥♥ Sua linda ♥♥♥♥♥♥ Que bom ver você aqui! ♥♥♥♥♥
ExcluirNhai, que legal que gostou do blog *.*
Talvez ela saia com os dois... Talvez com nenhum (não se assute)
O que será que eles vão fazer para serem "escolhidos"?
Megan ♥ ela é uma florzinha ♥ Fico feliz que tenha gostado dela ♥
Não vou demorar pra postar ,não :D
Acho que já começo a escrever o próximo capítulo hoje mesmo :3
Obrigada por comentar aqui Duda Linda ♥
Amei de paixão ♥
Beijinhos :3
Adorei Lisbon se saindo muito bem como mãe,cuidando da Megan como se fosse sua mãe verdadeira muito fofa essas duas!!!.. Mas o melhor de tudo vai ser a disputa de Jane e Pike só que nesta disputa só um vai ganhar.E esse só pode ser Jane poque é mais esperto e é dele o coração da Lisbon só resta saber se a Megan vai aceita porque ela é muito pequena e não vai querer dividir o amor da sua mamãe com ninguém,mas como Jane gosta muito de criança não vai demorar muito para ele conquistar o coraçãozinho da Mega.Jane esperto como ele é não vai deixar que Pike fique com Lisbon e vai fazer de tudo pra ela escolher ele pra sair com ela e a Megan.Oh! Lola muito obrigada por você dividir um pouquinho do seu tempo por nos.Minha escritora preferida.<3<3<3 Bjs Lindiana Mendes
ResponderExcluirOi Lindiana ♥
ExcluirPoxa, que bom que gostou :3
Sim, o melhor vai ser a disputa... E vai ser MUITO ENGRAÇADO! ahahahahahahahaha
Acho que Megan vai aceitar sim... Ela tem muito bom gosto, afinal, ela escolheu a Lisbon como segunda mãe! ♥
Claro, que o Jane vai ter que se esforçar para conquistá-la. :D
Muuito obrigada pelo comentário, minha leitora querida e linda ♥
Beijinhos
Até o capítulo que vem! :3 ♥♥♥♥♥
Amei!!! Teresa é diva demais, 2 homens em seu encalço, Mas pode tirando seu cavalinho da chuva viu Pike, porque ela é de Patrick Jane fique ciente disso ok!
ResponderExcluirMegan e Lisbon, gente quanta FOFURA essas duas, simplesmente amando a PERFEIÇÃO da Fic *--*
Ouviram Pike, Patrick e Teresa?
ExcluirSigam os conselhos da Keyla! ♥
Hahahaha
Amei teu comentário :3 *-* Estou super feliz sabendo que você está gostando! ♥
Obrigada por comentar ♥
Beijinhos :3
Paola, ta muito fofa essa fic *-* Jane tomando iniciativa! To amando isso hein rss :) E Pikenike se deu mal dessa vez hahaha.. Tá ótima a fic. Parabéns, sua linda ^^ Amando e amando a fic x)
ResponderExcluir*-* Hahahahaha Pikenike... mano, morri de rir! Hahahahaha
ExcluirAi, amei ♥
Poxa, tô super feliz que você tá gostando ♥
Obrigada por comentar Dri ♥♥♥♥
Beijinhooos
Muitooooo legal ja to preparada pr o próximo rsrsrsrs :)
ResponderExcluirBjssss...
By: LUZIA
Ebaa! Que bom que gostou Luzia! :D
ExcluirObrigada por comentar! :3
Beijinhos
OMG!! Amei o capítulo *-*' Só falta o Patrick da série tomar uma atitude dessas agora u.u'
ResponderExcluirA fic a cada capítulo fica mais fofa, aguardo ansiosa pela continuação. ♥
Awwn ♥♥♥ Que bom que gostou Karina ♥♥♥
ExcluirVerdade, né?! Ele precisa tomar alguma atitude logo!
Tipo, muito logo! Hahahahahaha
Obrigada por comentar Kaah ♥
Beijinhos :3
Gosto assim Patrick, levando a melhor! Vamos ver se Pike, vai fazer alguma coisa. Ansiosa pelo próximo! <3
ResponderExcluirO epi de Domingo foi massa amei, apesar de ter chorado muito com aquele final! :'(
Oi Keyla ♥
ExcluirPoxa, que legal saber que você tá gostando da fic. Mas já aviso, tem surpresinhas chegando... aushuahsuahs
Finalmente estou de volta a ativa :D Senti muita falta de você e de escrever ♥
Vc viu o último episódio? O.o Eu quase morri de ataque do coração 3 vezes seguidas aushuahsuahsuhauhsuahsuahs
Obrigada por comentar ♥
Beijinhos
Legal!! muito bom cada capítulo melhor do que o outro,amei Patrick sempre na frente do Pike, adorando a disputa dos dois.
ResponderExcluirMegan vai gostar mais do Patrick porque ele parece uma criança,mesmo assim eles vão tentar conquista-la.
Vai ser legal Jane e Lisbon disfarçados acho que vai rolar algo entre eles e Pike vai se morder de raiva.Parabéns Lola você é muio boa no que faz.<3<3<3 Bjs Lindiana Mendes
Sem dúvida Lindiana ♥ Os dois vão tentar conquistá-la, mas a pergunta é, quem ela vai gostar mais? :P hehehe
ExcluirOooownti ♥ Obrigada flor ♥ É muito bom ler isso depois de quase um mês sem mexer aqui no blog ♥
Talvez hoje já tenha atualização em "A Batalha do pensamento" :D
Obrigada por comentar Lindiana ♥
Beijinhos :3
Fiquei triste e depois fiquei feliz. PJ flagrando um bj entre a Lis e o Pikenike, eu pude senti a tristeza dele mas ai a Lis com a tapa no rosto dele ah ela vez o q nos Jisbon queria rss. Me senti vingada hahahahha... E a fofa da Megan torcendo pra eles ficarem juntos <3 Espero q o próximo bj seja o deles hein?! Hahah..
ResponderExcluirTava com saudade de vc e morrendo de ansiedade para ler as atualizações das fics. Ufa inda bem q vc voltou ;) Parabéns a fic ta ótima.
Beijin Lola =)
Hahaha, você está completamente certa Dri :3 O próximo beijo será deles. \o/
ExcluirMas não vai acontecer assim tão fácil... Vai rolar uns gritos antes, ehhehehe
Eu também tava morrendo de saudade de você <3
E falando em fics, daqui a pouquinho vai ter atualização de uma das fics, a "Que seja para sempre" :)
Muito obrigada por comentar <3 Tô super feliz que você esteja gostando <3
Beijinhos <3
Quando li que Pike, beijou a Lis, fiquei pasma pensei não ela não vai deixar esses 2 juntos, e pra minha a alegria se fez uma coisa muito massa Lis dando uma bufetada no Pike kkkkk amei....
ResponderExcluirMegan como sempre muito fofa.... Patrick com ciúmes, cap simplesmente show de bola!
Heueuheuheuehueheuhue Ainda tem muito mais ciúme pela frente. :3
ExcluirQue bom que curtiu o capítulo *-*
E fique tranquila, não vou deixar os dois juntos. Meu <3 é completamente jisbon <3 hahaha
Obrigada por comentar Keyla!
Beijinhos
Simplesmente linda amo cada capitulo dessa fic,Patrick morrendo de ciumes da Teresa,Teresa dando um tapa na cara do
ResponderExcluirPike a Megan resfriada e Patrick tomando conta dela amei, so nao gostei qdo o Pike beijou a Lisbon mais o tapa foi merecido
Tomara que ele se ligue e va emborada vida da Lisbon, nao ha lugar pra ele no coracao dela ja e de Patrick e da Megan.
So acho que Pike nao vai ficar parado,ele vai tentar fazer algo contra Patrick,com certeza.Anciosa pelo o proximo capitulo,
obrigada voce sabe como deixar seus fans sempre querendo mais.Bjs Lindiana Mendes
O tapa foi tipo a vingança por ele ter namorado a Lisbon na série, ahahahahahahahaha
ExcluirEu já comecei a escrever o próximo capítulo, espero que até quarta feira eu já consiga acabar *-* hahaha
Valeu por acompanhar e comentar, Lindiana. Tem muitas surpresas por vir, rsrs
Beijinhos :3
Nossaaaaaaaa eu amo essa historia!!!Eh lindaaaa.....Vc está de parabéns!!!Ansiosa já pelo proximo capitulo!!!!bjuuuss
ResponderExcluirAwn *-* Que bom te ter aqui, Marcita :3
ExcluirAinda bem que gostou! :)
Muito obrigada por comentar! <3
Beijinhos
Imaginei o capítulo 5 todinho :) A cena do carro ficou perfeita, vc hein D. Lola sempre dando um show nas fics! Agora confesso q pensei q ia vir o bjin deles por ai :( Mas sei q vc está aguardando o melhor pro final rss. #Jisbonkiss
ResponderExcluirbjin Lola *-*
Oh, menina esperta! :D
ExcluirEstá certinha, estou guardando o melhor pro final (ou nem tão final assim, uashuahsaus)
Vou confessar uma coisa, tô doida pra fazer esses dois se acertarem logo! :O
Fico MEGA feliz ledo que você gostou do capítulo <3
Valeu mesmo por comentar Dri, seus comentários sempre me animam :3
Beijinhos <3
Estou simplesmente amando ler a fic....
ResponderExcluirUhuuuuul! <3 Ueba! Que massa ler isso <3
ExcluirValeu Keyla <3
Amei a conversa da Megan com a Tteresa parecia conversa de gente grande e mais fofo quando ela pediu pr
ResponderExcluirdormir com ela,a Megan e uma crianca muito esperta e ja descobriu que eles se amam,queria ver a cara da
Teresa quando a Megan disse que Patrick queria que ela fosse a princesa dele.Adorei o final da fic,o ciume de
Pattrick quuanto o beijo que Pike deu na Teresa,muito bom o flnal.Anciosa pra saber o que vai fazer depois descobrir
que Teressa aceitou sair pra jantar com o Patrick..Parabens essa fic e perfeita...Bjs Lindiana Mendes
Own, Lindiana <3 Muito obrigada pelo seu comentário <3 Amei!
ExcluirAh, boa pergunta: O que o Pike vai fazer quando descobrir do encontro da Tessy e do Patrick?
Huaushuashu
Acho que essa nem eu pensei a respeito, mas agora q vc me deu a ideia, eu tô pensando em umas coisas bem engraçadas, hahahaha.
Muito obrigada por comentar, Lindiana <3
Beijinhos :3
Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuul!!!!!! Voltei para as histórias da minha autora predileta!!! Minha queridíssima L♥O♥L♥A!!!
ResponderExcluirMas é incrível: mesmo Pike (ou Spike kkkkk) se ferrando, minha repulsa em relação a ele não diminui... Se eu fosse a Teresa, além do tapa na cara, teria dado de brinde um chute nos partes baixas!!! Palhaçada esse beijo... Tessie deve estar até agora fazendo gargarejo com enxaguante bucal para se livrar das bactérias e do gosto ruim... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Aguardando ansiosamente essa continuação!!!
Bjinhos da Vivi's... ♥♥♥
Oie Vivi *.*
ExcluirVocê nem tem ideia de como é bom te ver aqui de novo.
"Se eu fosse a Teresa, além do tapa na cara, teria dado de brinde um chute nos partes baixas" <----- MANO! COMO EU RI! DEUS DO CÉUS! OMG!
AUSHAUHSUAHSUHAUSHUAHSUAHSUHAUSHAUHSUAHSUHASUHAS
Você sempre acerta nas palavras, deveria escrever fic's tbm *.*
Muito obrigada por comentar, Vivi <3
*-* Beijinhoooos <3
Oi!! Lola eu nao podia deixar de comentar essa fic porque esta cada capitulo melhor do que outro.
ResponderExcluirAmei Patrick pedindo ajuda pra Kim,sei que o Pike nao vai aceitar Jane e Lisbon juntos ai vai tentar algo contra eles
Vou adorar porque Lisbon vai aceitar sair com Jane e vai rolar um clima entre eles.Parabens!! voce e uma otima escritora..Bjs Lindiana Mendes
Awn, obrigada Lindiana <3 Me alegra muito seu comentário *-*
ExcluirDaqui a pouquinho eu vou postar o próximo capítulo <3 Aliás, próximo e último.
Espero que goste!
Muuuuito obrigada por comentar! :3
Beijinhos <3
Adorei o final ficou perfeita,so que as. fics estao chegando tudo aos seus finais
ResponderExcluirquero saber como vai ser,porque nao sei viver sem suas fics.......Lindiana
Awwwwnnnnn *-* Como não morrer de fofura com esse comentário, Lindiana?
Excluir<3 MUUUUIITO obrigada por acompanhar e por comentar *-* Amei ter você aqui :D
Em breve vai ter fic nova na área, ainda não sei dizer exatamente quando, mas será em breve.
Beijinhos, espero te ver nas próximas fics :)
Beijinhos
Aiw super amei o final da fic *-* Foi perfeita como todos os capítulos. Vc como sempre nos surpreendendo ^^
ResponderExcluirEstou ansiosa pela próxima fic q irei acompanhar como todas as outras mas confesso q estou em divida pois ainda não li A Batalha nem A Batalha do Pensamento. Sorry!
Bjin Lola sua talentosa <3
Oi Dri. Ainda bem que gostou <3
ExcluirImagina, não precisa se desculpar :) Leia quando puder, eu entendo o que é não ter muito tempo aushuahsuahs (aliás, me desculpe em demorar para responder seu comentário, rsrsrs)
Muito obrigada por comentar :3
Beijinhos <3