A Mentalista




Teresa Lisbon ganha a vida como vidente mas, em uma entrevista a um programa de televisão, ela acaba insultando Red John, um perigoso serial killer que, em resposta à ofensa, assassina o marido de filho da vidente.
Desde então, em uma jornada por vingança e justiça, Lisbon se une à equipe da CBI, liderada por Patrick Jane, e, juntos, tentam desvendar a verdadeira identidade de Red John.
Alguém sairá ileso?

Classificação: +13
Categorias: The Mentalist 
Personagens: Kimball Cho, Patrick Jane, Personagem Original, Teresa Lisbon, Marcus Pike, Grace VanPelt, Wayne Rigsby
Gêneros: Drama, Romance, AU
Avisos: Spoilers

Capítulos: No mínimo 10 (provavelmente mais)

Terminada: Não


Capítulo 1 - Piloto


- Vamos receber hoje em nossos estúdios a vidente que está trabalhando como consultora da CBI no caso do serial killer mais procurado da Califórnia. - o apresentador disse olhando fixamente para a câmera - Por favor recebam Teresa Lisbon!

Toda a platéia aplaude enquanto a dita vidente fazia seu caminho até o centro do estúdio, onde o apresentador estava.
“As pessoas adoram uma má notícia”, pensava Lisbon. “São como abutres procurando por alimento”, mas antes que pudesse expressar seu desgosto, sorriu escaneando mais uma vez a platéia.
Seu trabalho ali naquela noite não seria difícil.

E realmente foi fácil. Conforme a entrevista de 15 minutos acontecia, Lisbon também percebeu que havia um incrédulo na platéia, então resolveu realizar um simples truque de leitura fria, que funcionou maravilhosamente bem.
- Que bom que a polícia da califórnia pode contar com sua ajuda, então - disse o apresentador - Ou acha que com o caso Red John será diferente?
- Bem, obviamente é um caso difícil - disse ela - Mas eu diria que em breve já terei resolvido - ela sorriu - Muito em breve - enfatizou e, apesar do frio na barriga que ela sentiu naquele instante, prosseguiu - Red John é um homem-
- Ele é um homem então?
- Sim - afirmou com certeza e continuou - Ele é um homem psicopata patético e triste. Não é um gênio do crime ou nada parecido… Logo será descoberto.

Do outro lado da tela da televisão, um espectador em específico fitava atentamente a dita Vidente e ao ouvir suas últimas palavras, sorriu e logo se levantou e saiu.

Tinha um importante trabalho a realizar.

***

Querida senhora Lisbon,
Eu não gosto de ser difamado na mídia, principalmente por uma fraude patética e triste.Se a você fosse mesmo uma vidente, não precisaria abrir a porta para descobrir o que eu fiz ao seu doce marido e filho.
:)

***

O barulho insistente do alarme soou e, ao que parecia para ela, ele nunca parava de soar e ecoar em sua mente.
Era hora de comer, mas ela não sentia fome, nem mesmo quando o gentil enfermeiro lhe trouxe a comida quente.
Frango e batatas.
Mas ela não tinha fome.
Então em vez de comer, virou-se para a parede e fechou os olhos.

Sempre havia a esperança de que aquilo não passasse de um pesadelo, e de que ela acordaria no meio da noite em sua casa em Malibu e encontraria seu marido na cozinha preparando um copo de achocolatado para seu filho com seu olhar amoroso.
Mas era sempre a mesma coisa. Quando ela abria os olhos, o pesadelo era sua própria vida e ela nunca mais se esqueceria do olhar sem vida que ficou estampado no rosto de seu marido.

Seu filho estava de olhos fechados, ela não teve coragem de abrí-los porque sempre queria se lembrar de seus olhos radiantes e cheios de inocência. Tão inocente. Tão pequeno.
O alarme soou novamente. Ela olhou para o outro lado.
Era hora de comer. Peixe e cenouras.
Uma mulher abaixou-se para poder ficar na mesma altura de seus olhos e começou a falar palavras que ela não conseguia interpretar e então ela fez que sim com a cabeça e virou para o outro lado.
Não estava com fome.
Seu estômago não reclamava e seu cérebro não a avisava que ela precisava mesmo se alimentar.
Fechou os olhos e por um instante podia jurar que estava frente a frente com seu marido. Ela o abraçou, surpresa.
Mais uma vez o alarme soou.
Havia perdido a noção de tempo. Era hora de comer.
O enfermeiro a ajudou a sentar-se em sua cama e encheu uma colher com comida.
Carne e brócolis.
Ela engoliu sem sentir o sabor. Não estava com fome, mas mesmo assim comeu o que o enfermeiro lhe dava a colheradas.
Deitou-se novamente, quase que ansiosa para voltar a ter o sonho onde ela abraçava seu marido, mas ao invés disso outro pesadelo a atormentava.
O programa de TV.
A entrevista.
O carro estava sem combustível.
Chegou em casa.
As luzes estavam apagadas.
A carta grudada na porta.
O medo.
O desespero.

O pior pesadelo.

Acordou ofegante, alguns enfermeiros já estavam lá tentando acalmá-la, mas ela estava furiosa. Não queria mais estar ali.
Queria voltar no tempo.
Queria ter recusado a entrevista.
Queria não ter parado para abastecer o carro.
Quem sabe se tivesse chegado mais cedo.

O que teria feito?
Teria cortado em pedacinhos aquele que tirou os bens mais preciosos de sua vida de maneira tão cruel e brutal?
E depois de muito tempo fazendo a mesma pergunta, enfim obteve uma resposta.

Sim.

***
A imprensa estava um caos com as novidades do caso Red John. Todos queriam saber sobre os avanços, quem eram os suspeitos.
E apesar da diretora da CBI sempre dizer que não podia dar detalhes sobre uma investigação em andamento, deixando propositalmente transparecer que algum avanço estava ocorrendo, a verdade é que não havia mais pistas a seguir.
Bem, havia uma pista.
Única.
Teresa Lisbon.

O problema era que, desde o ocorrido com marido e filho, há seis meses, ela sumiu do mapa.

Até aquele dia.

Patrick Jane, chefe da divisão de crimes graves, mal pôde acreditar quando ouviu que ela estava lá.
- Teresa Lisbon? Tem certeza? - perguntou Patrick
- Sim, absoluta chefe - respondeu Stefany Hannigan
- Ela disse o que quer? Ninguém sabia onde ela estava nos últimos seis meses.
- Não, ela só disse que queria falar com o responsável pelo caso - Stefany olhou para fora da sala de seu chefe e disse - Mando ela entrar?
Patrick pensou por alguns instantes e então respondeu:
- Não, eu vou lá fora falar com ela


Capítulo 2 - Piloto Vermelho



- Isso é péssimo, Jane - dizia Madeleine Hightower para Patrick, enquanto caminhava de um lado para o outro da sala
- Ela disse que não vai prestar queixa - respondeu Jane - e a Stefany disse que a vidente a provocou. A senhora Lisbon, concordou.
- Sim, ela diz isso agora que ainda está em choque, mas quando ela acordar amanhã com um dor de cabeça do tamanho do universo e tempo para pensar, com certeza irá reconsiderar sua decisão.
- E o que devemos fazer então? - Hightower suspirou e jogou os braços para baixo
- Como foi mesmo que tudo aconteceu?

***

Patrick olhou pela fresta das divisórias da CBI. Ele já havia lido a ficha de Teresa Lisbon, e mesmo antes de pegarem o caso, ele a conhecia, após assistir alguns programas de TV.
Com certeza a tragédia muda as pessoas, porque a mulher que ele via por entre a fresta em nada se parecia com a elegante vidente da TV que sempre aparecia em roupas sociais de marca cara, cabelos arrumados.
Quem ele via lá fora era uma mulher diferente, sem dúvida.
Calça jeans folgada, o que sugere que ela também perdeu peso, camiseta azul claro amassada e cabelos despenteados.
- Senhora Lisbon - cumprimentou Jane - A senhora queria falar comigo? - ele disse já cruzando os braços, mas se deteve ao ver que a mulher estendia a mão para cumprimentá-lo, gesto que o deixou ainda mais desconfortável.
- Oi - ela disse com a voz um pouco rouca e ele percebeu naquele momento como os olhos dela eram enormes e verdes.
- Oi - respondeu Jane incerto
- O detetive Elliot disse que vocês estão responsáveis pelo caso Red John. Está correto? - ela perguntou
- Sim, está correto. Pegamos o caso em maio.
- Como está indo a investigação?
- Está é - Jane soltou o ar do pulmão - Uma grande questão, senhora Lisbon, e estamos um pouco atarefados no momento com um outro caso - Jane desviou o olhar - Poderia voltar outra hora?
- Tudo bem, eu posso esperar - ela respondeu
- Não pode esperar aqui, senhora Lisbon. Não temos área para visitantes
- Oh, ok. - ela disse, olhando ao redor - Acho que vou esperar lá embaixo então
- Senhora Lisbon…
- Não, não tem problema. Vou dar uma caminhada, o dia está bonito lá fora
Jane tinha pena da mulher. Estava visivelmente devastada e completamente perdida - e não era para menos. O que ele faria se o mesmo tivesse acontecido com ele?
- Se eu voltar daqui três horas, você pode me atender?
- Claro - concordou
Antes que a conversa se tornasse mais estranha do que já estava, ele virou-se para o escritório e disse:
- Stefany, acompanhe a senhora Lisbon até a saída, por favor?
- Claro - ela disse e logo se levantou, conduzindo Lisbon até a saída

Enquanto estavam aguardando o elevador, Lisbon tomou um tempo para observar o lugar.
- Você trabalha no caso do Red John também, não é?
- Sim - respondeu sucinta
- Quantos suspeitos vocês já tem?
- Não podemos dar detalhes de uma investigação em andamento.
- Certo, entendo - disse Lisbon e olhou para o chão
- Eu sei o que pretende fazer - começou Stefany - Vai descobrir quem assassino de sua família é para tirar fazer justiça com as próprias mãos, não vai?
- Ele matou meu marido e meu filho - disse quase em um sussurro
- Sinto muito por sua perda - disse Stefany e Lisbon meneou a cabeça - Não faça o que está pensando fazer. Seguir em frente será melhor para você - e ela enfatizou seu discurso tocando levemente o braço da vidente, em um gesto de conforto.
Teresa se irritou. Quem era aquela mulher e o que ela pensa que sabe sobre a sua vida? Quem pediu a opinião dela?
- O que deu de errado com você? - disse com calma
- Como assim?
- Bem, obviamente você é uma mulher ambiciosa - observou Lisbon - Me pergunto o que deu de errado para você não estar em um cargo importante, como o de seu chefe, por exemplo - Stefany não disse nada - Você está aqui há mais tempo do que ele, eu imagino. E se pergunta o porquê de não ter recebido a promoção quando o cargo ficou disponível - mesmo percebendo que a mulher estava irritada, Lisbon continuou - E você se pergunta porque também não consegue dar certo em seus relacionamentos. Eles sempre abandonam você e-

Aquela foi a gota d’água.

Stefany uniu suas forças em seus cinco segundos de raiva extrema, e, sem pensar muito na situação, deu um soco no rosto de Lisbon.

***

Acordos feitos e logo Hightower tinha a solução perfeita para o problema. Afinal, qual era o problema em deixar uma cidadã fazer perguntas sobre algum caso?
Aliás, não só não era nenhum problema como também era um dever de Patrick como um oficial da lei.
Então porque ele se sentia tão incomodado com a presença daquela mulher dentro de seu carro, lhe fazendo todo o tipo de perguntas, em sua pequena viagem até uma cena de crime?
Claro, ele poderia dizer que estava se sentindo intimidado com tudo aquilo, com todas aquelas perguntas; podia dizer que sentia que suas habilidades como agente da CBI estava sendo colocada à prova; podia dizer uma porção de coisas.
Mas o que permanecia era sempre uma convicção, uma pequena voz no fundo de sua mente que dizia que essa não seria, nem de longe, a última vez que veria a sra Teresa Lisbon.
Ele sabia que ela encontraria uma forma participar ativamente das investigações sobre Red John.
Determinada (e teimosa) do jeito que era, não desistiria até ver o final daquilo tudo.


- Sherife McAllister - cumprimentou Patrick
- Agente Jane - respondeu e olhou para a mulher ao lado de Jane
- Essa é Teresa Lisbon - disse Jane e então virou-se para a mulher em questão e continuou - E essa é Sherife Lorelai McAllister - e ambas apertaram as mãos
A Sheriffe prosseguiu explicando o ocorrido e o porquê eles haviam pedido a interferência da CBI, embora, aos olhos da Sherife, esse seria um caso que a polícia local podia dar conta.
- Melhor esperar aqui - disse Jane para Lisbon
- Mas sua chefe disse que eu poderia te acompanhar - retrucou
- É uma cena de crime - disse Jane
- E daí? - disse Lisbon e então o analisou rapidamente - Não ache que eu vou vomitar na cena do crime só porque você o fez no primeiro caso que pegou
- Como você sabe disso? - falou Jane e se arrependeu em seguida - Olhe, não me entenda mal. A maioria dos cidadãos não agem como você…
- Como eu? O que quer dizer com isso?
- Assim, com essa curiosidade! - respondeu exasperado - Agora, se quiser mesmo entrar lá, está por sua conta e risco
Lisbon apenas concordou com a cabeça e ambos começaram a caminhar até a cena do crime.
- Quer saber o que é mesmo curiosidade? - perguntou Lisbon derepente
- O que?
- A Sherife McAllister olhando para sua bunda enquanto estamos andando - respondeu Lisbon e Jane virou-se apenas para encontrar a sherife olhando para ele.
Ele corou e fingiu que aquilo não tinha acontecido, embora, em sua mente, ele soubesse que Lisbon tinha razão.


Capítulo 3 - Jogo Vermelho



Ela é um formulário de reclamação ambulante!
Todo o caso que participou até agora, Teresa Lisbon conseguira irritar alguém importante o bastante para fazer um inferno na CBI.
Mas, por outro lado, o número de casos fechados nas últimas três semanas que ela esteve trabalhando com a equipe de Jane havia aumentado exponencialmente e eles até bateram um recorde de horas em que um caso fora solucionado.
E no final do dia, não era isso que importava?
Mesmo com os montes de formulários para preencher, a satisfação de saber que a justiça foi feita bastava para Patrick Jane.
Óbvio que ele nunca diria isso para seu time, pois não podia, segundo as regras, tolerar aquele tipo de comportamento.
Isso sem contar que a cada esquema que Lisbon inventava, seu emprego entrava em risco, mesmo que ela sempre encontrasse um jeito de contornar a situação.
Aquela mulher era escorregadia!
As últimas semanas fizeram bem a Lisbon, Jane podia ver.
Já não se parecia mais como a sombra do que ela antes fora.
Mas quando, naquela manhã de quarta-feira, ele recebera uma ligação informando sobre o próximo caso, passou a temer a reação da nova consultora.

- Temos um caso - ele disse para todos no escritório da CBI - Red John.

Os olhos de Lisbon escureceram, como se uma nuvem tempestuosa tivesse parado em cima de sua cabeça. Ela não disse mais nada depois disso.
O crime ocorrera em uma casa de campo, afastada da cidade, onde os donos passavam as férias, feriados e alguns finais de semana.
- A vítima é Adam White, homem caucasiano, idade 39 anos, não tinha passagem pela polícia e, segundo a família, não tinha nenhum inimigo. Os pais acharam o corpo.
- E - acrescentou Brenda Shetrtick - com certeza é um caso Red John - e então começou a andar pela cena explicando o passo-a-passo do serial killer
Obviamente todos achavam o entusiasmo expressado por Brenda como algo extremamente desconcertante, até porque este era a primeira vez que a equipe investigava um novo assassinato do serial killer, após a chegada de Lisbon.
- Não é Red John - disse Lisbon pela primeira vez desde que recebeu a notícia do caso
- Como é? - perguntou Brenda indignada
- Você me ouviu - ela respondeu - Red John gosta de fazer de seus crimes uma obra de arte. Ele quer despertar desespero - ela apontou para a parede com o símbolo desenhado - Ao entrar na cena do crime, os donos da casa teriam de ver primeiro sua marca. Eles teriam medo, sentiriam-se em desespero e só então olhariam para o corpo. Não me parece plausível que Red John tenha feito a marca na parede oposta, sendo que bem acima da cama onde o corpo foi encontrado - ela apontou para a parede oposta à parede que foi feita a marca - havia espaço de sobra.
- Boa teoria - disse Brenda - Mas não é um copiador. É o Red John, eu sou especialista nos casos Red John - finalizou com convicção
- Não é Red John - disse Lisbon e saiu da cena do crime sem dizer mais nenhuma palavra.
Depois de dar as ordens, Jane foi atrás dela e a encontrou sentada em um banco próximo de onde haviam estacionado o carro.
- Hey - disse ele - Está tudo bem?
- Claro! - ela respondeu com um tom leve, mas Jane sabia que aquele não deveria ser um momento fácil.
Ele mesmo não saberia se conseguiria se sentir bem se visse a mesma marca que fora feito com o sangue de sua família estampada na parede.
- Por que eu não estaria bem? - ela perguntou, trazendo-o de volta à realidade.
- Bem, acho que Brenda ficou bem... impactada com sua primeira impressão - ele disse e ela sorriu, mas antes que pudesse responder, o telefone dele tocou.
Após uma breve conversa, que, pelo que Patrick dizia à pessoa do outro lado da linha, não dava para decifrar sobre o que se tratava, Lisbon o olhou nos olhos e percebeu que a notícia não deveria ser muito boa.
- O que foi? - perguntou imediatamente após ele desligar o telefone
- Temos outro caso - ele olhou para baixo e hesitou em continuar, mas por fim disse - Red John


Ao que tudo indicava, a segunda cena do crime se tratava mesmo de Red John.
A vítima, novamente, era um homem, e desta vez sua fisionomia assemelhava-se muito ao marido de Lisbon, fato que deixou o caso ainda mais complicado para a vidente.
Quando a equipe chegou no local, havia um grande alvoroço de repórteres e curiosos, fazendo todo tipo de perguntas para os integrantes da CBI.
- Porque Red John atacou duas vezes em menos de 24 horas? - perguntou uma repórter para Jane enquanto eles caminhavam do carro até a cena do crime, mas ele nada respondeu - O senhor é o líder da equipe de crimes graves da CBI, não é? - ela tentou novamente, mas Jane permaneceu quieto
Vendo que não conseguiria nada com sua primeira tática, resolveu perguntar a outra pessoa e foi quando viu Teresa Lisbon junto da equipe de investigação.
- Senhora Lisbon, como a senhora poderia ajudar na investigação estando comprometida emocionalmente com o caso? Não há um conflito de interesses? - perguntou e novamente foi ignorada - Antes dos assassinatos de hoje seu marido e filho são as últimas vítimas de Red John, não está correto?
E aquela foi a gota d'água para Lisbon.

- Johana - respondeu ela olhando para o nome escrito no crachá da jornalista - Talvez se você se perdoasse e perdoasse sua mãe, então deixaria de ser tão cruel e conseguiria se manter em algum emprego sem ter que dormir com seu chefe - e saiu antes que houvesse alguma resposta, deixando a jornalista boquiaberta para trás.


A mensagem daquele assassinato era tão clara como uma noite de lua cheia.
Toda a tensão que fora sentida no primeiro caso supostamente de Red John naquela manhã, transformara-se dez vezes mais densa e intensa, pois logo abaixo do sorriso macabro feito com o sangue da vítima na parede exatamente atrás de onde o corpo fora encontrado, havia algo escrito.

Sem remetente ou destinatário.

Mas não era preciso.

Teresa Lisbon engoliu seco.


“Bem vinda ao jogo”

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